"As armas são o caminho para a Paz" na Ucrânia, diz o líder da NATO

Tanque ucraniano, perto da linha da frente, na região de Lugansk
Tanque ucraniano, perto da linha da frente, na região de Lugansk Direitos de autor LIBKOS/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De  Nara Madeira com AP, AFP
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Parceiros ocidentais da Ucrânia encontram-se, sexta-feira na Alemanha, para discutir, e entre outras coisas, envio de tanques para o país invadido.

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Os parceiros ocidentais da Ucrânia, país devastado pela guerra, deverão encontrar-se no final desta semana na Alemanha, para discutir formas de responder às necessidades militares do país na sua luta contra a Rússia

O Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, discursando no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, afirmava que a única forma de negociar a paz é dar apoio à Ucrânia.

"As armas são o caminho para a Paz. Isso pode parecer paradoxal, mas a única forma de se chegar a um acordo negociado é convencer o Presidente Putin de que ele não vencerá no campo de batalha".
Jens Stoltenberg
Secretário-Geral da NATO

Jen Stolteberg frisava que o objetivo da Aliança Atlântica é "garantir que a Ucrânia vence a guerra e prevalece enquanto nação Democrática, Soberana e independente"

Palavras proferidas no momento em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, apelava aos seus aliados para que acelerem a tomada de decisões. 

Zelenskyy critica indecisão da Alemanha

Enquanto a NATO promete mais apoio dos seus países com armamento pesado, o chanceler alemão permanecia hesitante. 

Olaf Scholz é a chave para o fornecimento dos modernos tanques "Leopard 2", que estão no topo da lista de desejos da Ucrânia. 

Scholz tem poder de veto sobre qualquer decisão de disponibilizar estes veículos militares, de fabrico alemão. Diz-se que ele permitirá o envio para a Ucrânia se os EUA concordarem em fazer o mesmo em relação os seus próprios tanques.

Em Davos, o chefe do executivo germânico enfatizava, vigorosamente, o apoio da Alemanha a Kiev.

"Vamos continuar a fazer isto enquanto for necessário, para mostrar que os ucranianos podem contar com o nosso apoio na sua luta corajosa. É também claro que vamos evitar que se torne numa guerra entre a Rússia e a NATO".
Olaf Scholz
chanceler da Alemanha

Palavras que não terão convencido o líder ucraniano. Já esta quinta-feira o chefe de Estado ucraniano criticava a indecisão de Scholz, frisando quenão é a "estratégia certa". Zelenskyy afirmava que "há momentos em que não se deve hesitar ou fazer comparações", ou seja, dizer que não se entregará os "tanques se outro não o fizer".

Espanha, Dinamarca, Finlândia, Grécia e Polónia  já enviaram tanque usados para a Ucrânia. Polónia e a Finlândia dizem-se prontas a fazê-lo se Berlim estiver de acordo.

A Finlândia, que ainda não é um membro da NATO, estará já disponível para entregar alguns tanques Leopard à Ucrânia. De acordo com o Comando de Defesa finlandês, o país têm cerca de 200 no seu espólio militar.

EUA ainda não estão prontos para enviar tanques

Colin Kahl, o principal conselheiro político do Pentágono, afirmava, na quarta-feira, que ainda não é o momento de enviar tanques M1 Abrams para a Ucrânia, considerando tratar-se de "uma peça de equipamento militar muito complicada", com um motor a jato, cara e é difícil formar pessoas para os utilizarem corretamente.

Outros representantes dos EUA confirmavam que o país não está preparado para o envio dos referidos tanques mas afirmavam que a administração Biden será a próxima a aprovar o envio de veículos blindados Stryker para a Ucrânia.

Novidades só na sexta-feira

O fornecimento de tanques está no topo da agenda do encontro da próxima sexta-feira. O chamado grupo de contacto para a Ucrânia encontrar-se-á na Alemanha. 

Esta quinta-feira, os países que estão a apoiar, militarmente, Kiev reúnem-se na Estónia.

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