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Palestinianos suspendem partilha de segurança com Israel e bombardeamentos regressam

Palestinianos responderam à violenta operação israelita de quinta-feira
Palestinianos responderam à violenta operação israelita de quinta-feira Direitos de autor  Fatima Shbair/Copyright 2022, The AP.
Direitos de autor Fatima Shbair/Copyright 2022, The AP.
De Francisco Marques
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Faixa de Gaza volta a ser atingida por bombas israelitas depois do lançamento de roquetes do enclave em resposta à operação violenta que matou 10 pessoas no campo de Jenin. Conselho de segurança da ONU convocado

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A Faixa de Gaza voltou a ser atingida às primeiras horas desta sexta-feira por um bombardeamento israelita, numa alegada resposta ao disparo de roquetes daquele enclave palestiniano, que espoletou a Cúpula de Ferro, o sistema de defesa aéreo israelita e motivou o contra-ataque.

A tensão entre israelitas e palestinianos voltou a agravar-se depois de o Estado hebraico ter realizado quinta-feira uma operação, que descreveu como antiterrorista, no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordância, da qual resultou a morte de pelo menos 10 pessoas, refere a agência palestiniana Wada, incluindo uma vítima que sucumbiu dos ferimentos já no hospital.

Há ainda notícia de pelo menos 20 feridos.

Em reunião, após a alegada operação antiterrorismo, a Autoridade Palestiniana decidiu suspender de forma unilateral a coordenação que partilhava com Israel para a segurança na região.

Nabil Abu Rudeineh, o porta-voz de Mahmoud Abbas, o Presidente da Autoridade Palestiniana, referiu-se ao "Capítulo VII" da Carta das Nações Unidas para a Palestina como base para "parar as medidas unilaterais".

O representante palestiniano fez ainda saber que a Autoridade vai "pedir de imediato ao Tribunal Penal Internacional para adicionar o processo deste massacre cometido em Jenin pelas forças ocupantes aos outros processos já na posse do TPI."

A pedido da Autoridade Palestiniana, os Emirados Árabes Unidos, o membro árabe no Conselho de Segurança da ONU, pediu uma reunião à porta fechada do organismo. "China e França juntaram-se a esse pedido", revela a representação palestiniana nas Nações Unidas.

Ainda de acordo com a agência Wada, os raides aéreos israelitas desta sexta-feira destruíram um outro campo de refugiados no centro do enclave palestiniano, o de Maghazi, e danificaram várias casas nas redondezas, provocando ainda um corte de energia, que deixou às escuras o centro a Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa Israelita (IDF) justificaram a operação de quinta-feira no campo de refugiados de Jenin como medida preventiva para travar um "iminente ataque terrorista" de um grupo jiadista palestiniano.

"Homens armados dispararam fortemente contra os nossos soldados a partir de telhados civis enquanto realizavam a sua importante operação", acrescentaram as IDF, pelas redes sociais, numa publicação ilustrada com o que garantem ser um registo vídeo dos supostos "terroristas" palestinianos a disparar contra os soldados israelitas.

Outras fontes • Wada, Times of Israel, AFP

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