Presidente da Bielorrússia anuncia detenção de "terrorista ucraniano"

Imagem do satélite Maxar de um Beriev A-50 em Machulishchy a 28 de fevereiro
Imagem do satélite Maxar de um Beriev A-50 em Machulishchy a 28 de fevereiro Direitos de autor Satellite image ©2023 Maxar Technologies via AP
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De  Francisco Marques
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Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia refuta as insinuações do Presidente da Bielorrússia do envolvimento de Kiev nos alegados eventos em Machulishchy

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O Presidente da Bielorrússia revelou a detenção de um alegado terrorista ucraniano, que estará ligado aos serviços secretos, acrescentou Alexander Lukashenko, e que esteve envolvido com mais dois cúmplices numa tentativa de sabotagem de um avião A-50 na base aérea de Machulishchi, a sul de Minsk, no centro do país.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia refuta as alegações de Lukashenko e nega qualquer envolvimento de Kiev nos supostos eventos ocorridos em Machulishchi.

Esta é, obviamente, outra tentativa de criar uma ameaça artificial da Ucrânia para justificar o apoio deles à agressão da Rússia.
Oleh Nikolenko
Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros a Ucrânia

O líder bielorrusso disse tratar-se de um russo com passaporte ucraniano, que residiu na Crimeira e tem conhecimentos na áreas das tecnologias informáticas, e que estaria a ser treinado há mais de um mês pelos serviços secretos da Ucrânia e dos Estados Unidos "para cometer atos terroristas" contra a Bielorrússia, numa sabotagem em preparação "há mais de seis meses".

Lukashenko garante terem sido utilizadas "as mais altas tecnologias" e que o estava a ser preparado era "realmente incrível", mas dizendo não poder entrar em detalhes além de que seria uma sabotagem com recurso a um pequeno drone de fabrico chinês, de um modelo que pode ser adquirido na Bielorrússia, mas que teria sido comprado nos Estados Unidos e levado para a Ucrânia.

"Felizmente, o avião não sofreu danos significativos, exceto uns aranhões e um buraco no casco, não impeditivo de funcionar. No entanto, pedimos à Rússia para levar a aeronave e a substituíssem por outra. O que aconteceu", referiu Lukashenko, durante uma cerimónia de entrega de prémios, em Minsk.

Outras fontes • Belta, Interfax UA

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