Banco Central Europeu sobe taxas para combater inflação, mas abranda ritmo dos aumentos.
O Banco Central Europeu (BCE) subiu as principais taxas diretoras em 0,25%, seguido assim a política de contracção monetária na zona euro para contrariar a taxa de inflação atual, bastante superior aos 2% anuais que configuram o objetivo da instituição de Frankfurt.
"As perspetivas de inflação continuam a ser demasiado elevadas e por demasiado tempo. À luz das atuais pressões inflacionistas elevadas, o Conselho do BCE decidiu hoje aumentar as três taxas de juro directoras do BCE em 25 pontos base", anunciou a presidente do BCE, Christine Lagarde,
O anúncio feito esta quinta-feira, pelo BCE era esperado pelo mercado e representa um pé no travão às fortes subidas, que, nas últimas três vezes, agravaram o custo do dinheiro.
As taxas diretoras situam-se agora entre os 3,25% e os 4%. Esta subida de 0,25% revela um abrandamento das subidas das taxas de juro. Desde julho o BCE tinha subido as taxas em seis ocasiões, em 0,50% e 0,75%.
A acompanhar o aumento das taxas de juros, a taxa de depósitos fica nos 3,25%, o valor mais alto desde outubro de 2008.
Apesar de reconhecer que "a inflação ainda está bastante elevada", o BCE garante que "as taxas de juro ficam em níveis suficientemente restritivos para permitir um regresso rápido" para atingir o "objetivo de 2% a médio prazo"