À procura de um tratado para reduzir a produção de plásticos

Poluição global dos plásticos
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Esta é a segunda de cinco reuniões onde se espera que seja alcançado um acordo.

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Até o final da semana, representantes de 175 países reúnem-se em Paris para discutir um acordo históricoque abranja todo o ciclo de vida dos plásticos. O objetivo é conseguir um documento final até ao próximo ano. 

Esta segunda-feira, numa mensagem de vídeo transmitida no encontro, o presidente francês disse que a poluição global dos plásticos é uma "bomba-relógio", e apelou ao fim de um sistema em que os países mais ricos exportam resíduos para os mais pobres.

"Para que o fim da poluição plástica crie valor: com a triagem, a reciclagem e a reutilização, podemos desenvolver atividades económicas que criam emprego e riqueza. Em todas estas questões, somos interdependentes. É por isso que precisamos de um tratado internacional que seja juridicamente vinculativo. Precisamos de construir este tratado em conjunto. Ele deve permitir-nos progredir numa série de objetivos fundamentais", defenceu Emmanuel Macron.

Os riscos são elevados, uma vez que a produção anual de plásticos mais do que duplicou em 20 anos, atingindo 460 milhões de toneladas, e está em vias de triplicar dentro de quatro décadas.

Dois terços desta produção são deitados fora depois de terem sido utilizados uma ou poucas vezes, acabando por se transformar em resíduos. Mais de um quinto é depositado em aterros ou queimado ilegalmente e menos de 10% é reciclado.

Em fevereiro de 2022, estes países chegaram a um acordo de princípio sobre a necessidade de um tratado juridicamente vinculativo das Nações Unidas para acabar com a poluição por plásticos em todo o mundo, estabelecendo um prazo ambicioso para 2024.

As ações políticas a debater durante as conversações incluem uma proibição global de artigos de plástico de utilização única, esquemas de "poluidor-pagador" e um imposto sobre a nova produção de plástico.

Os grupos ambientalistas aplaudem o facto de a poluição global por plásticos estar finalmente a ser abordada, mas estão preocupados com a possibilidade de o tratado não incluir objetivos de redução da produção global de plásticos.

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