Primeiro-ministro ucraniano sublinha que terá de ser a Rússia a pagar
A Conferência para a Recuperação da Ucrânia, em Londres, chegou ao fim com a angariação de sessenta mil milhões de euros para a reconstrução do país, dos quais cinquenta mil milhões sob a forma de empréstimos e subvenções da União Europeia.
Uma soma distante dos perto de 400 mil milhões que o Banco Mundial diz serem necessários, mas a diplomacia britânica sublinha que nem era esse o objetivo da Conferência.
James Cleverly afirmou que não tinham por objetivo realizar uma conferência de doadores, no entanto não deixou de se congratular pela soma atingida, agradecendo em particular à UE pelo apoio orçamental à Ucrânia nos próximos três anos.
Denys Shmygal, primeiro-ministro ucraniano, avisou que terá de ser a Rússia a pagar a destruição causada:
"Os nossos parceiros apoiam a ideia de utilizar os ativos russos congelados para a reconstrução da Ucrânia. É sobre isso que temos vindo a falar no último ano. A Rússia tem de pagar por toda esta destruição, por todas as tragédias que cometeu e está a cometer na Ucrânia".
Apesar das promessas de Kiev e dos aliados, ainda há uma longa batalha jurídica pela frente para poder usar os bens congelados à Rússia. Na Ucrânia, não há tempo a perder mas a guerra também não tem fim à vista e a conta a pagar pela reconstrução não pára de aumentar.