"Estado da União": reforço financeiro, incluindo para ajudar Ucrânia

Aliados prometem 60 mil milhões de euros para a reconstrução da Ucrânia numa conferência em Londres
Aliados prometem 60 mil milhões de euros para a reconstrução da Ucrânia numa conferência em Londres Direitos de autor AP Photo/Kirsty Wigglesworth, pool
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De  Stefan GrobeIsabel Marques da Silva
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O reforço do orçamento da União Europeia (UE) que está em vigor até 2027 e uma conferência de doadores para ajudar a Ucrânia foram dois acontecimentos em destaque.

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Esta foi uma semana agitada para moldar o futuro da UE, com uma série de planos, propostas e compromissos importantes que poderão ser cruciais para os próximos anos. Mas estes planos têm um preço muito elevado.

Em primeiro lugar, a Comissão Europeia apresentou uma proposta sobre segurança económica, que visa convencer os Estados-membros a usarem controlos mais rigorosos sobre as exportações de tecnologias que podem ser utilizadas para fins militares por rivais tais como a China, embora este país não tenha sido mencionado explicitamente.

A proposta apela, também, a que os Estados-membros disponibilizem mais dez mil milhões de euros para ajudar a indústria a desenvolver tecnologias estratégicas.

A Comissão Europeia solicitou, ainda, um reforço do atual orçamento da UE (em vigor até 2027), injetando 65 mil milhões de euros para compensar os défices orçamentais causados pela pandemia de Covid-19 , pela alta inflação e pela guerra.

A minha mensagem aos primeiros-ministros e aos ministros das Finanças foi clara: se queremos ser um ator político e económico sério a nível mundial, precisamos de mais recursos.
Johannes Hahn
Comissário europeu para o Orçamento

Todos estes pedidos de financiamento, dos quais 50 mil milhões de euros serão só para a Ucrânia, serão discutidos numa cimeira de líderes da UE,  na próxima semana, em Bruxelas.

"A minha mensagem aos primeiros-ministros e aos ministros das Finanças foi clara: se queremos ser um ator político e económico sério a nível mundial, precisamos de mais recursos", disse Johannes Hahn, comissário europeu para o Orçamento.

Os aliados ocidentais prometeram, ainda, dezenas de milhares de milhões de euros para ajudar na reconstrução da Ucrânia, numa conferência em Londres.

A euronews entrevistou Achim Steiner, administrador do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, que esteve na conferência, sobre as prioridades a financiar.

 "Em primeiro lugar, a habitação, obviamente, em muitas zonas do país, continua a ser um alvo de ataques e estima-se que 1,5 milhões de casas tenham sido destruídas. As infra-estruturas elétricas, contra as quais há ataques muito direcionados, significam que partes significativas do país e a sua população não têm uma fonte de abastecimento de energia", explicou.

(Veja a entrevista na íntegra no vídeo)

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