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Eritreus de fações políticas opostas confrontam-se na Suécia

Carros queimados na Suécia por cidadãos da Eritreia
Carros queimados na Suécia por cidadãos da Eritreia Direitos de autor Magnus Lejhall/Magnus Lejhall
Direitos de autor Magnus Lejhall/Magnus Lejhall
De  Euronews
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Dezenas de carros queimados em confrontos entre eritreus na Suécia. Mais de uma dezenas de pessoas detidas.

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As investigações prosseguem após o início de um motim num festival cultural da Eritreia em Estocolmo. Dezenas de pessoas ficaram feridas, oito gravemente, e mais de 100 foram detidas durante confrontos entre fações pró e contra o regime da Eritreia, na quinta-feira.

A violência eclodiu quando opositores do governo invadiram o evento, incendiando tendas e carros. Os críticos do festival dizem que ele promove uma visão positiva dos governantes autoritários da Eritreia.

O futuro do evento anual, que se realiza desde a década de 1990, pode estar em causa. As autoridades estão a reconsiderar se deve continuar a ser autorizado.

Durante os confrontos foram incendiados stands e veículos. O jornal sueco Expressen noticiou que cerca de um milhar de manifestantes marcharam em direção ao recinto do festival, ultrapassando os cordões policiais e usando paus e pedras como armas.

O porta-voz da polícia sueca, Daniel Wikdahl, disse à The Associated Press que "entre 100 e 200 pessoas foram detidas".

Na Suécia vivem dezenas de milhares de pessoas com raízes eritreias. O festival dedicado ao património cultural da Eritreia é um evento anual que se realiza desde os anos 90, mas que tem sido criticado por alegadamente servir de instrumento de promoção e fonte de dinheiro para o governo daquele país africano, segundo os meios de comunicação suecos.

"Isto não é um festival, estão a ensinar às suas crianças discursos de ódio", disse o manifestante Michael Kobrab à emissora sueca TV4.

Outro participante no festival, Emanuel Asmalash, também falou à TV4, acusando os manifestantes de serem "terroristas" da Etiópia.

Os grupos de defesa dos direitos humanos descrevem a Eritreia como um dos países mais repressivos do mundo. Desde que se tornou independente da Etiópia, há três décadas, a pequena nação do Corno de África tem sido liderada pelo presidente Isaias Afwerki, que nunca realizou eleições.

Milhões de pessoas fugiram de condições como o recrutamento militar forçado.

Um participante no festival, Emanuel Asmalash, também falou à TV4 e acusou os manifestantes de serem "terroristas" da Etiópia.

"Não é razoável que a Suécia seja envolvida desta forma nos conflitos internos de outros países", declarou o Ministro da Justiça, Gunnar Strömmer, numa declaração enviada à agência noticiosa sueca TT.

"Se fogem para a Suécia para escapar à violência, ou se estão de visita temporária, não devem causar violência aqui", acrescentou. "Os recursos da polícia são necessários para outros fins que não o de manter os diferentes grupos separados uns dos outros."

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