Deixar Israel para viver na Alemanha

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De  Kristina Jovanovski
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Há cada vez mais israelitas a tomar a decisão e a viver num dos "países mais estáveis da Europa".

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O escritor israelita Tomer Dotan-Dreyfus faz parte de um número crescente de pessoas do seu país que foram viver para a Alemanha. Partiu em 2011, por discordar da política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu quando foi eleito pela primeira vez. Agora, Tomar diz que a reeleição de Netanyahu e as reformas judiciais que levaram a protestos em massa estão a fazer com que os israelitas considerem seguir o seu exemplo.

“_Muitas pessoas do meu círculo de amigos, da minha família e mesmo pessoas que não conheço contactaram-me. Recebo muitas mensagens sobre dicas e conselhos para deixar Israel e vir para a Alemanha”_, contou à Euronews.

As empresas em Israel dizem que desde os protestos e as últimas eleições, notaram um aumento do interesse de pessoas que querem obter a cidadania alemã.

Yoav Stern é empresário e ajuda israelitas a apresentar pedidos de cidadania alemã. Conta que a Alemanha é considerada um país muito estável na Europa.

Segundo as estatísticas governamentais, cerca de 3700 israelitas obtiveram a cidadania alemã no ano passado. No total, vivem na Alemanha mais de 14 000 pessoas com cidadania israelita.

Movimento Antissemita

Este mês, um turista israelita foi atacado na Alemanha, depois de ter falado ao telefone em hebraico. As autoridades investigam um possível motivo antissemita. O ataque acontece no momento em que o partido de extrema-direita Alternative fur Deutschland - ou AfD- regista números recorde nas sondagens

No passado, o AfD queixou-se do memorial do Holocausto em Berlim, chamando-lhe "monumento da vergonha". As sondagens sugerem que o partido é o segundo mais popular no país. Em junho, ganhou pela primeira vez uma eleição para liderar um distrito.

Lorenz Blumenthaler, especialista em extrema-direita, afirma que uma das maiores hipóteses de sucesso do AfD são as eleições europeias.“Penso que se conseguirem mobilizar a sua população, também ganharão muitos lugares e isso é algo que realmente me assusta, porque significa uma ameaça iminente”, destacou.

Três dos avós de Tomer são sobreviventes do Holocausto. “Penso que a ascensão da extrema-direita na Alemanha é assustadora para mim, como judeu e como imigrante. E deve ficar claro que também é um problema muito grande para nós, porque estamos no mesmo barco que outros grupos oprimidos e outros grupos da diáspora na Alemanha”, afirmava o autor.

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