Hamas liberta dois reféns israelitas

Cartazes mostram desapericidos após ataque do Hamas em Israel
Cartazes mostram desapericidos após ataque do Hamas em Israel Direitos de autor Petros Karadjias/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Petros Karadjias/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De  Valérie GauriatEuronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Hamas pode estar a tentar retardar entrada do exército israelita na Faixa de Gaza

PUBLICIDADE

(Atualização)

O Hamas libertou dois reféns de nacionalidade israelita e americana. A informação foi confirmada pelo Jerusalem Post. Judith e Natalie Raanan foram entregues à Cruz Vermelha esta sexta-feira. De acordo com fonte próxima das negociações, a libertação deveu-se a razões humanitárias devido à saúde frágil da mãe. Estas libertações podem ser uma forma do Hamas fazer pressão sobre Israel para retardar a entrada do exército hebraico na Faixa de Gaza, adiantou uma das fontes.

(Publicado 20/10/23 às 16:01)

Um dia após o Hamas ter atacado Israel e feito cerca de duas centena de reféns, um grupo de civis organizou-se para dar apoio às famílias dos desaprecidos.

Médicos, advogados, psicólogos e especialistas em comunicação formaram o Fórum dos Reféns e Famílias Desaparecidas e trabalham 24 horas por dia para ajudar quem espera por uma resposta que tarda em chegar.

"Estamos aqui para pedir a todos os governos, a todos os organismos envolvidos, que tragam os nossos familiaresde volta. É um crime injustificável e desumano contra a humanidade manter pessoas inocentes reféns desta forma, sem qualquer informação sobre onde estão e como estão. Há dezenas de pessoas com condições médicas críticas que precisam de medicamentos que lhes salvam a vida e que não os estão a receber", alerta Ophyr Hanan, vice-presidente da organização.

Duas semanas após o atentado, os voluntários criticam a falta de apoio demonstrada pelo governo israelita e pela comunidade internacional às famílias dos reféns.

"O nosso povo não está a receber qualquer tipo de assistência. Implorámos a toda a gente, incluindo a Cruz Vermelha, todas as organizações internacionais e o governo, que prestassem cuidados médicos aos nossos entes queridos. E isso não está a acontecer", critica.

À espera de Yarden

Yarden Roman Gat, tem 35 anos, dupla nacionalidade israelo-alemã e está entre os desaparecidos. O irmão, Liri, mantém acesa a esperança de a rever. 

"Tenho sempre a esperança de que em todas essas entrevistas, haja também grupos de pessoas do hamas a assistir e tudo o que espero é que talvez divulguem um vídeo, mostrando que ela está sã e salva", conta. 

Mas as dúvidas subsistem. "Como é que se diz a uma criança de três anos que a sua avó foi assassinada por "pessoas más" que foram a sua casa? Ela viu isso. Ela compreende. Eu só tenho medo que ela me pergunte: 'Vão fazer o mesmo à minha mãe?'" 

A família conseguiu escapar de carro aos raptores e corria em direção a um bosque, quando Yarden foi apanhada. Foi vista pela última vez, perto de Gaza, a entregar a filha ao marido antes de cair nas mãos do Hamas.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Familiares de reféns israelitas manifestam-se contra a guerra

Manifestação: Familiares de reféns israelitas pedem apoio da UE

Netanyahu disse a Blinken que não vai aceitar o fim da guerra em Gaza