Refugiados ucranianos e dissidentes russos protestaram contra invasão da Ucrânia em Berlim

Protesto de apoio à Ucrânia em Berlim
Protesto de apoio à Ucrânia em Berlim Direitos de autor AP Photo
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Queixaram-se do "imperialismo russo" e defenderam que a guerra não terá fim se os "ocupantes russos" não forem expulsos da Ucrânia.

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Milhares de pessoas participaram numa manifestação, no último fim de semana, em Berlim, de apoio à Ucrânia, que há dois anos luta contra a invasão russa. Segundo a organização, dez mil manifestantes marcaram presença nas Portas de Brandemburgo.

Entre a multidão que agitava bandeiras da Ucrânia estavam refugiados ucranianos e dissidentes russos que se encontram exilados na Alemanha. 

"Penso que ainda não se compreendeu o que é o imperialismo russo e que continuamos a ter uma guerra imperial.", afirmou  Krista-Marija Läbe, porta-voz da Vitsche, organização não governamental composta por jovens ucranianos. 

Ativista ucraniana numa manifestação em Berlim
Ativista ucraniana numa manifestação em BerlimAP Photo

A ativista avisa que a Rússia é um perigo permanente: "O facto de a Rússia não parar mesmo que negociemos, de um cessar-fogo não indicar o fim da guerra, significa que as negociações diplomáticas neste estado de guerra são totalmente inúteis."

"A Rússia não vai parar. E se fizermos quaisquer concessões à Rússia na Ucrânia, atacará novamente a Ucrânia, ou atacará outros países", sublinhou.

Krista-Marija Läbe teme que familiares seus possam vir a ser chamados a combater: "Tenho dois sobrinhos, o mais velho tem agora 13 anos. Se a guerra não parar em breve, ele poderá ter de se juntar ao exército e lutar."

Berlim tornou-se também um porto de abrigo para quem ficar na Rússia deixou de ser uma opção. 

"Vim para a Alemanha em maio de 2022 pela simples razão de ter sido perseguido politicamente na Rússia. Em 24 de fevereiro, convoquei uma manifestação contra a guerra de agressão de Putin na Ucrânia e, em consequência, fui detido", conta Dimitri Androssov, líder do partido da oposição russo. 

Dimitri Androssov, líder do partido da oposição russo, num protesto em Berlim contra a invasão da Ucrânia.
Dimitri Androssov, líder do partido da oposição russo, num protesto em Berlim contra a invasão da Ucrânia.AP Photo

Além da detenção, Androssov chegou a ser torturado.

"Estou firmemente convencido de que, enquanto os ocupantes russos não forem expulsos da Ucrânia, esta guerra não terá fim", declarou.

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