O Porto Antigo de Reiquiavique acaba de dar um passo importante para a diminuição de emissão de gases no planeta. Os navios de cruzeiro podem agora ligar-se à eletricidade enquanto estão atracados, poupando milhares de litros de combustível.
Os gases de escape provenientes da queima de combustível nos motores de combustão dos navios são uma das principais fontes de emissões atmosféricas nocivas e, por essa razão, a implementação de um sistema elétrico para carregamento dos navios é uma medida fundamental para a proteção do planeta.
O Porto Antigo de Reiquiavique, na Islândia, tem agora em terra uma estação de eletricidade onde os navios de cruzeiro podem ligar-se enquanto estão atracados. O objetivo é evitar a utilização de geradores próprios, que consomem muitos combustíveis poluentes, adotando fontes de energia mais limpas, conforme previsto no Pacto Ecológico Europeu.
Jan Robin Pettersen, engenheiro-chefe do cruzeiro Fridtjof Nansen, afirma que a utilização de eletricidade no porto permite poupar entre 7.000 e 8.000 litros de gasóleo em 12 horas. “Normalmente, queimá-lo-íamos e haveria emissões para Reiquiavique e para o planeta, mas agora estamos a poupá-lo, e toda a gente que conduz um carro a gasóleo sabe que é caro”, explica.
Assim, a energia em terra permite que os navios reduzam o tempo de combustão no porto, contribuindo para tornar o ar mais limpo nos portos e nas comunidades circundantes. Também reduz significativamente a poluição sonora. "Pela primeira vez, há silêncio na casa das máquinas e isso é algo um pouco estranho para nós", diz Pettersen.
O primeiro navio a usufruir do novo sistema elétrico foi precisamente o cruzeiro norueguês Fridtjof Nansen, na manhã de segunda-feira. O navio foi ligado à eletricidade durante uma cerimónia oficial e foram necessários apenas dez minutos para os equipamentos começarem a funcionar.
Até 2030, todos os portos da Rede Transeuropeia de Transportes terão de oferecer aos navios ligação à eletricidade.
A redução das emissões de gases poluentes em atividades relacionadas com o mar é uma questão global relevante e um dos objetivos traçados no Acordo de Paris, com metas até 2050.