Depois de a Ucrânia ter lançado uma incursão em território russo no início desta semana, Moscovo está a envidar esforços para evacuar os seus cidadãos e enviar-lhes ajuda humanitária.
PUBLICIDADEA Rússia evacuou cidadãos da região de Kursk na sexta-feira, na sequência de uma incursão das forças armadas ucranianas no seu território.
Moscovo declarou uma emergência de "nível federal" na região na sexta-feira; quatro dias depois de centenas de tropas ucranianas terem atravessado a fronteira no que parece ser o maior ataque de Kiev em solo russo desde que o Kremlin lançou uma invasão em grande escala contra o seu vizinho em fevereiro de 2022.
De acordo com o Kremlin, os militares russos e os guardas fronteiriços impediram as forças ucranianas de penetrar mais profundamente no país.
As autoridades também disseram que os combatentes ucranianos que tentavam avançar para a área a partir da região ucraniana de Sumy estavam a ser empurrados para trás.
De acordo com a Rússia, os avanços ucranianos na zona fronteiriça foram travados a cerca de 500 quilómetros a sudoeste de Moscovo. No entanto, bloggers militares e dados de fonte aberta indicam que as tropas ucranianas obtiveram ganhos em várias áreas de Kursk.
Os combates em Kursk foram objeto de uma atenção considerável por parte dos meios de comunicação social russos. Grande parte da cobertura dizia respeito à situação humanitária - crianças a serem levadas para abrigos em autocarros, bem como pessoas de outras regiões russas a recolherem alimentos, fraldas e outros abastecimentos para serem enviados para Kursk.
Em Kursk, foram organizados cerca de 20 abrigos temporários para mais de 1 200 pessoas. À medida que as pessoas continuam a fugir dos combates, serão abertos mais abrigos.
As autoridades regionais de Kursk informaram na quarta-feira que pelo menos cinco civis foram mortos. Em três dias de combates, pelo menos 66 civis, incluindo nove crianças, ficaram feridos na região, informou o Ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko.
Também na sexta-feira, as tropas russas bombardearam um supermercado na região de Kostiantyvnivka, na Ucrânia, provocando um incêndio. Os relatos indicam que pelo menos 12 pessoas morreram e 44 ficaram feridas na sequência do bombardeamento.
Vadym Filashkin, chefe da administração militar regional de Donetsk, disse que havia 50 pessoas dentro da loja na altura do ataque.
Filashkin descreveu-o como um ataque dirigido a um local com muita gente e outro "ato de terror" das forças russas.
Nenhuma das afirmações pôde ser confirmada de forma independente.