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Pelo menos nove mortos em ataques israelitas na Cisjordânia

Ataques israelitas na Cisjordânia
Ataques israelitas na Cisjordânia Direitos de autor AP Photo/Majdi Mohammed
Direitos de autor AP Photo/Majdi Mohammed
De  Euronews
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Israel fala em "operação antiterrorista" e salienta que os nove mortos eram todos militantes de grupos armados.

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Pelo menos nove palestinianos foram mortos, de acordo com as autoridades locais, quando as forças israelitas invadiram na madrugada desta quarta-feira as cidades de Jenin e Tulkarm, bem como outras áreas da Cisjordânia ocupada, numa operação terrestre, apoiada por helicópteros e drones. Israel fala em "operação antiterrorista para impedir o terror" e sublinha que os nove mortos eram todos militantes de grupos armados.

Um porta-voz do exército de Israel avançou que foram ainda detidos mais cinco presumíveis militantes, acrescentando que a incursão foi a primeira fase de uma operação ainda maior destinada a impedir ataques contra civis israelitas.

Os confrontos com os militares israelitas na Cisjordânia têm aumentado à medida que que Israel intensifica as operações contra grupos militantes armados, incluindo o Hamas, apoiado pelo Irão, e a Jihad Islâmica. 

O ataque, um dos maiores registados na Cisjordânia nos últimos meses, seguiu-se a uma série de pequenos confrontos na zona nas últimas semanas. 

O exército israelita conformou a morte de “cinco terroristas numa sala de operações” no campo de Nur Shams em Tulkarm, e  afirma que os ataques impediram uma “ameaça imediata” para os civis. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, estabeleceu comparações com Gaza e apelou a que sejam tomadas medidas semelhantes na Cisjordânia.

“Temos de lidar com a ameaça tal como lidamos com as infraestruturas terroristas em Gaza, incluindo a retirada temporária dos residentes palestinianos e quaisquer outras medidas que possam ser necessárias. Esta é uma guerra em todos os aspetos e temos de a ganhar”, escreveu na plataforma X.

As forças israelitas estão também a utilizar bulldozers para destruir infraestruturas palestinianas na Cisjordânia ocupada, informa a agência noticiosa palestiniana Wafa.

Cerco a Jenin

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, classificou os ataques israelitas como uma “grave escalada” e pediu a intervenção dos Estados Unidos, segundo a agência noticiosa oficial palestiniana.

Entretanto, grupos militantes palestinianos disseram estar numa troca de tiros com os militares israelitas.

O governador de Jenin afirmou à rádio palestiniana que as forças israelitas tinham cercado a cidade, bloqueando os pontos de entrada e saída e o acesso aos hospitais, e destruindo as infraestruturas do campo de refugiados.

O Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana, na Cisjordânia, afirmou que o exército israelita bloqueou as estradas que conduzem a um hospital com barreiras de terra e cercou outras instalações médicas em Jenin.

O campo de refugiados de Tulkarm, no norte da Cisjordânia ocupada, está cercado, com as ruas da área bloqueadas ou destruídas por bulldozers e veículos militares, segundo a BBC, que entrevistou pessoas no local. Uma delas refere que Israel criou "pontos de inspeção”.

Charles Michel pede respeito pelo direito internacional

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, fez um apelo ao respeito pelo direito internacional na Faixa de Gaza e na Cisjordânia durante a visita a Doha, no Catar.

Michel reafirmou ainda o apoio da União Europeia ao cessar-fogo em Gaza e sublinhou que Bruxelas está a trabalhar ativamente com os países da região para ajudar a alcançar este objetivo.

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Entretanto, o Gabinete dos Direitos Humanos da ONU (ACDH) já condenou a “resposta cada vez mais militar” das forças de segurança israelitas na Cisjordânia.

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