Centenas de soldados israelitas estiveram em Jenin, na maior operação na Cisjordânia desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) retiraram-se da cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, depois de dez dias de um ataque militar de grande escala, de acordo com os meios de comunicação palestinianos.
Esta foi a maior operação israelita na Cisjordâniadesde o início da guerra entre Israel e o Hamas. As autoridades militares israelitas disseram que a operação tinha como alvo militantes não só nesta cidade, mas também em Tulkarem e no campo de refugiados de Al-Faraa.
As IDF disseram que a operação, que começou a 28 de agosto, era necessária para conter ataques contra civis israelitas nesta área.
Segundo a Agência de Notícias da Palestina, foram mortos 21 palestinianos durante esta incursão, que também provocou danos extensos na cidade. Os serviços de água e electricidade de Jenin foram cortados como resultado do ataque.
Entretanto, as IDF escreveram no X que, durante esta operação, mataram 14 terroristas e detiveram mais de 30 suspeitos. Entre os mortos está Maomé Zakaria Zubeidi, durante uma operação de contraterrorismo durante a noite na Cisjordânia. Trata-se do filho de Zakaria Zubeidi, chefe das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa em Jenin, que se encontra preso.
Jenin foi originalmente um campo de refugiados, construído para alojar os palestinianos que fugiram durante a guerra após a criação do Estado de Israel, em 1948.
Situação em Gaza “mais do que catastrófica”, diz a ONU
Entretanto, as Nações Unidas afirmam que a situação humanitária em Gaza continua a ser “mais do que catastrófica”, com mais de um milhão de palestinianos a não receberem qualquer ração alimentar em agosto.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que este é o segundo mês consecutivo que os parceiros humanitários da ONU não têm mantimentos alimentares suficientes para responder às necessidades no centro e sul de Gaza. Explicou também que estes apenas vão conseguir distribuir comida às famílias “durante o ciclo de distribuição de setembro .”
Dujarric disse que a escassez da ajuda alimentar pode ser explicada devido às hostilidades ininterruptas, insegurança, estradas danificadas, colapso da lei eprobelmas de acesso.
Na Cisjordânia a situação também é difícil, com o Gabinete da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) a dizer que “as forças israelitas continuam a utilizar táticas letais semelhantes a uma guerra, incluindo ataques aéreos, em Jenin, Tubas e Tulkarm”.
“Asinstalações médicas estão praticamente cercadas há mais de uma semana, com fortes restrições impostas ao movimento de ambulâncias e pessoal médico”, alertou o porta-voz da ONU.