O Hamas confirmou a morte de pelo menos 10 dos seus combatentes, resultado de uma operação militar de grande escala de Israel na Cisjordânia ocupada.
Israel lançou a ofensiva durante a noite, invadindo as cidades de Jenin e Tulkarem, bem como o campo de refugiados de Al-Faraa, tudo localizações na zona norte da Cisjordânia.
Israel diz que os ataques são a primeira fase de uma operação ainda maior, destinada a evitar ataques terroristas contra os israelitas.
“Durante a noite, as nossas forças IDF, iniciaram esta operação antiterrorista em Jenin e Tulkarm. Estamos a atacar terroristas armados a partir do ar e do solo, a desmantelar explosivos colocados debaixo da estrada e a confiscar grandes quantidades de armas.”, informou David Mencer, porta-voz do governo de Israel.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita justifica as ações com a necessidade de "desmantelar as infraestruturas terroristas islâmico-iranianas" estabelecidas nos territórios visados pela operação israelita.
Além dos ataques aéreos israelitas, as tropas do país chegaram a cercar a cidade de Jenin, que dizem ser uma das bases do Hamas. Os militares bloquearam os pontos de entrada e saída e o acesso aos hospitais.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, interrompeu a sua visita à Arábia Saudita, onde se encontrava com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, e regressou à Cisjordânia, para acompanhar a situação.
O gabinete dos direitos humanos da ONU afirma que a operação de Israel na Cisjordânia corre o risco de piorar a situação já catastrófica” nas zonas palestinianas.
Pelo menos 652 palestinianos na Cisjordânia já morreram na sequência dos ataques israelitas, desde o início da guerra em Gaza, há quase 11 meses, segundo números das autoridades sanitárias palestinianas. A maior parte das mortes ocorre durante ataques que, segundo Israel, têm como alvo os militantes do grupo terrorista Hamas.