NewsletterBoletim informativoEventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

Hamas e Fatah assinam acordo de "unidade nacional" em Pequim

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi com Mahmoud al-Aloul, vice-presidente da Fatah, e Mussa Abu Marzuk, membro sénior do Hamas
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi com Mahmoud al-Aloul, vice-presidente da Fatah, e Mussa Abu Marzuk, membro sénior do Hamas Direitos de autor Pedro Pardo/Pool Photo via AP
Direitos de autor Pedro Pardo/Pool Photo via AP
De  Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Hamas, Fatah e outras 12 fações palestinianas assinaram declaração em Pequim para colocar fim às divergências que duram há quase duas décadas.

PUBLICIDADE

As fações palestinianas do Hamas e Fatah assinaram em Pequim uma declaração com vista à resolução das diferenças para que, no futuro, seja possível governar Gaza no pós-guerra. A informação foi avançada esta terça-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citado pela AP.

A declaração de Pequim foi assinada na cerimónia de encerramento após três dias de diálogos de reconciliação entre fações palestinianas na capital chinesa, que se realizaram entre 21 e 23 de julho.

Os esforços anteriores dos países árabes de terminarem com o conflito de poder entre o Hamas e a Fatah, que se prolongou pelos últimos 17 anos, não foram bem sucedidas.

Os dois grupos palestinianos rivais, juntamente com outras 12 fações políticas, estiveram reunidas com o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, desde domingo.

A reunião em Pequim realizou-se enquanto os mediadores internacionais continuam a tentar chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza. Um dos pontos de discórdia é precisamente o pós-guerra, ou seja, a governação do território da Faixa de Gaza, dominado pelo Hamas, quando chegar ao fim o conflito com Israel que se iniciou a 7 de outubro do ano passado.

Um alto funcionário do Hamas, Husam Badran, sublinhou que o ponto mais importante da declaração de Pequim é a formação de um governo de unidade nacional palestiniano, para gerir os assuntos dos palestinianos.

“Isto cria uma barreira formidável contra todas as intervenções regionais e internacionais que procuram impor realidades contra os interesses do nosso povo na gestão dos assuntos palestinianos no pós-guerra”, salientou Badran.

Desde que a guerra começou em Gaza, os responsáveis do Hamas já vieram dizer que não querem voltar a governar o território como antes do conflito, apelando à formação de um governo de tecnocratas por acordo das várias fações palestinianas, que prepararia o caminho para eleições tanto em Gaza como na Cisjordânia, com a intenção de formar um governo unificado.

A Fatah e o Hamas têm sido rivais desde que o Hamas derrotou as forças leais à Fatah do presidente palestiniano Mahmoud Abbas em Gaza, em 2007, tomando o controlo do enclave costeiro empobrecido.

A Autoridade Palestiniana, dominada pela Fatah e dirigida por Abbas, administra partes da Cisjordânia ocupada. É amplamente considerada pelos palestinianos como corrupta, desfasada da realidade e aliada de Israel, devido à coordenação de segurança conjunta com Telavive.

A administração norte-americana prevê uma Autoridade Palestiniana renovada para governar a Faixa de Gaza no pós-guerra e tem procurado uma série de reformas que possam torná-la uma presença viável no território devastado pela guerra. Israel rejeitou a ideia, mas não apresentou uma alternativa credível para o governo de Gaza.

A Jihad Islâmica Palestiniana, um grupo militante mais pequeno aliado do Hamas, emitiu uma declaração esta terça-feira, após as conversações, afirmando que continuava a "rejeitar qualquer fórmula que inclua o reconhecimento de Israel, explícita ou implicitamente” e que tinha “exigido a retirada do reconhecimento de Israel por parte da Organização para a Libertação da Palestina".

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Israel ordena evacuação de zona humanitária no sul de Gaza

"Banho de sangue em Gaza tem de acabar já", diz Ursula von der Leyen

China anuncia investimento de 45 mil milhões de euros em África