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Musk discursa na primeira reunião da Administração Trump

Reunião na Casa Branca esta quarta-feira
Reunião na Casa Branca esta quarta-feira Direitos de autor  Pool via AP
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De Evelyn Ann-Marie Dom com AP
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Na reunião, Trump disse que a UE foi criada para "lixar os EUA", que Kiev podia esquecer a adesão à NATO e elogiou o magnata Elon Musk pelos esforços no DOGE.

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Apesar de não fazer parte da administração, Elon Musk foi o convidado-surpresa da primeira reunião do gabinete do segundo mandato de Donald Trump, na qual foi abordado um vasto leque de temas, desde a economia do país, as tarifas sobre a Europa e a guerra na Ucrânia.

A reunião começou com uma oração. Elon Musk tomou a palavra na reunião, vestindo uma camisola "IT Support" e um chapéu preto "Make America Great Again".

A União Europeia foi criada para "lixar os Estados Unidos"

Trump anunciou que vai aplicar tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México. Anunciou que as tarifas rígidas, que tinham sido adiadas no mês passado para negociar medidas de segurança nas fronteiras, entrarão em vigor a 2 de abril.

O presidente norte-americano também prometeu aplicar tarifas de 25% sobre a União Europeia (UE), alegando que o bloco foi formado para "lixar os Estados Unidos" (o termo usado foi screw).

Não é a primeira vez que Trump ameaça a UE com tarifas. Na semana passada, o presidente republicano afirmou que "a UE tem sido muito injusta" para com os Estados Unidos, e defendeu a imposição de tarifas sobre as importações de automóveis, produtos farmacêuticos e chips.

Durante a reunião, o presidente sublinhou que os Estados Unidos se sentiram prejudicados.

"Eles (a UE) não aceitam os nossos automóveis, não aceitam essencialmente os nossos produtos agrícolas, utilizam todo o tipo de razões para não o fazerem, e nós aceitamos tudo, e temos um défice de cerca de trezentos mil milhões de euros com a UE", afirmou Trump.

Os líderes da UE rejeitaram firmemente as tarifas no passado e prometeram lutar contra elas, caso fossem aplicadas. Quando questionado por um repórter sobre o que aconteceria se os países tentassem retaliar, Trump disse que "podem tentar, mas afirmou que não teriam sucesso".

"Nós somos o pote de ouro. Somos o que todos querem e podem retaliar. Mas não pode ser uma retaliação bem-sucedida. Não compramos mais nada. Se isso acontecer, nós ganhamos", respondeu Trump.

A Ucrânia pode "esquecer" a adesão à NATO.

Ao falar sobre a guerra na Ucrânia, Trump recusou-se a entrar em pormenores sobre as concessões que pediria às duas partes. No entanto, o presidente dos EUA excluiu as aspirações da Ucrânia de aderir à NATO.

Trump disse que Kiev "pode esquecer" a adesão à aliança militar. "Penso que essa é provavelmente a razão pela qual tudo começou", acrescentou, referindo-se à invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia.

O presidente dos EUA deverá receber o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na Casa Branca na sexta-feira, onde assinarão um acordo sobre minerais, que permite o acesso dos EUA aos minerais da Ucrânia em troca do apoio contínuo de Washington.

Há muito que Trump se queixa de que os Estados Unidos gastam demasiado dinheiro dos contribuintes para apoiar a Ucrânia. "A administração anterior colocou-nos numa posição muito má", afirmou.

O acordo servirá para que Kiev pague aos EUA: "Conseguimos fazer um acordo em que vamos receber o dinheiro de volta e muito dinheiro no futuro".

Quando lhe foi pedido que especificasse quais as concessões que seriam acordadas, Trump deu a palavra ao vice-presidente JD Vance, que contestou as notícias que afirmavam que o Presidente dos EUA tinha feito concessões nas conversações com Putin.

"Sempre que o presidente se envolve em diplomacia, acusam-no preventivamente de fazer concessões à Rússia", disse Vance. "Ele não cedeu nada a ninguém. Está a fazer o trabalho de um diplomata. Ele é, obviamente, o diplomata-chefe como presidente dos Estados Unidos".

Musk diz que sem o DOGE, "a América vai à falência".

Elon Musk discursou brevemente na reunião. O multimilionário não é membro do gabinete, mas tem um papel de liderança no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).

"O objetivo geral com a equipa do DOGE é ajudar a resolver o enorme défice que simplesmente não podemos sustentar como país: um défice de dois biliões de dólares", disse Musk. Acrescentou que, sem o DOGE, "a América irá à falência".

Musk admitiu que, nos esforços para reduzir os gastos do governo, o DOGE pode cometer erros. Citou como exemplo o facto de o departamento ter acidentalmente cancelado os programas de prevenção do Ébola da USAID. Musk insistiu que "não houve interrupção" dos serviços antes de o financiamento ser restabelecido.

Desde que tomou posse a 20 de janeiro, Trump congelou temporariamente toda a ajuda externa, incluindo os esforços para combater a propagação do vírus mortal. Um funcionário da USAID disse na quarta-feira que nenhum fundo da agência para a resposta ao Ébola foi libertado desde o congelamento do financiamento.

O magnata da tecnologia também defendeu os e-mails nos quais exige que os funcionários do governo justifiquem o trabalho da semana anterior sob pena de demissão.

Disse que a exigência "não é uma barra alta" a ser cumprida. Musk, que acredita que certas pessoas na folha de pagamento do governo estão mortas ou são fictícias, disse que os e-mails servem como uma forma de verificar se os trabalhadores são reais, vivos e podem "escrever um e-mail".

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