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Putin responde a Trump com promessa de poupar a vida dos soldados ucranianos que se entregarem

O Presidente russo, Vladimir Putin, preside a uma reunião do Conselho de Segurança na residência de Novo-Ogaryovo, nos arredores de Moscovo, Rússia
O Presidente russo, Vladimir Putin, preside a uma reunião do Conselho de Segurança na residência de Novo-Ogaryovo, nos arredores de Moscovo, Rússia Direitos de autor  Alexei Babushkin/Sputnik
Direitos de autor Alexei Babushkin/Sputnik
De Manuel Ribeiro  & Diana Rodrigues com AP
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Vladimir Putin respondeu a Donald Trump com a promessa de poupar a vida dos soldados ucranianos que se entregarem em Kursk.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira que teve conversas "boas e produtivas" com o presidente russo, Vladimir Putin, num esforço para fazer a Rússia assinar uma proposta de cessar-fogo apoiada pelos EUA na Ucrânia.

"Há uma boa hipótese de que esta guerra horrível e sangrenta possa finalmente chegar ao fim", escreveu Trump na sua plataforma Truth Social.

Entretanto, o líder russo reuniu-se com o enviado dos EUA, Steve Witkoff, para discutir os pormenores da proposta americana de um cessar-fogo de 30 dias na campanha militar russa na Ucrânia, pedindo-lhe que transmitisse as ideias de Moscovo a Washington.

Trump pediu a Putin para poupar a vida dos soldados ucranianos

Na rede social Truth Social, o presidente dos EUA pediu a Putin que poupe as vidas dos soldados ucranianos, "Solicitei vivamente ao Presidente Putin que as suas vidas fossem poupadas", escreveu o presidente norte-americano, referindo-se às "centenas de soldados ucranianos completamente cercados pelas tropas russas", embora não tenha dado provas dessa informação.

O Estado-Maior da Ucrânia rejeitou as alegações de que as tropas estavam "cercadas", afirmando que os relatos de cerco foram "fabricados (...) para manipulação política e para exercer pressão sobre a Ucrânia e os seus parceiros".

As tropas ucranianas reagruparam-se com sucesso e a situação manteve-se praticamente inalterada nos últimos dias, afirmou o Estado-Maior da Ucrânia.

Putin responde a Donald Trump

Em resposta ao comentário do presidente dos EUA, o líder da Rússia prometeu garantir a vida e dar um tratamento digno aos soldados ucranianos cercados pelas tropas russas na região de Kursk, tal como solicitado pelo líder norte-americano, Donald Trump.

“No caso de deporem as armas e se renderem, ser-lhes-á garantida a vida e um tratamento digno, de acordo com as normas do direito internacional”, disse o chefe do Kremlin numa reunião à distãncia com membros do Conselho de Segurança russo.

Na reunião do Conselho de Segurança Russo, Vladimir Putin reconheceu que o processo não é fácil. "Sabemos que a nova administração liderada pelo presidente (Donald) Trump está a fazer tudo para recuperar pelo menos alguma coisa do que foi praticamente reduzido a zero, destruído pela anterior administração americana. Este processo não é fácil, para não dizer complicado".

"Como todos sabem, tive uma conversa telefónica com o Presidente Trump, o nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros teve os primeiros contactos com o seu homólogo americano e o assessor presidencial russo (Yuri) Ushakov reuniu-se com os seus homólogos. Portanto, em geral, a situação parece estar a evoluir. Bem, vamos ver o que acontece", declarou o líder russo.

Na quinta-feira, Putin não concordou publicamente com uma proposta de cessar-fogo provisório de 30 dias, mediada pelos EUA, que prevê um cessar-fogo e uma pausa nos combates na invasão total da Ucrânia pela Rússia, incluindo no Mar Negro e na linha da frente.

Putin afirmou que, embora a "ideia" de um cessar-fogo seja correta, existem muitas perguntas sem resposta, destacando a região russa de Kursk, onde as tropas ucranianas lançaram uma incursão surpresa no ano passado.

"Será que todas as tropas ucranianas que lá estão vão sair sem dar luta? Ou a liderança ucraniana vai ordenar-lhes que deponham as armas e se rendam?" perguntou Putin na quinta-feira.

Ainda sobre o encontro entre o líder russo e o enviado dos EUA, Steve Witkoff, na sexta-feira, o Kremlin confirmou que Witkoff saiu sem acordo.

O exército russo, apoiado por tropas norte-coreanas, está agora perto de expulsar completamente as forças ucranianas do seu ponto de apoio na região fronteiriça russa de Kursk, o que constituiria um importante revés para Kiev.

Outras fontes • Euronews

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