O presidente dos EUA, Donald Trump, disse esta semana aos jornalistas que "a dada altura, vai voltar" a gerir as suas empresas. Quanto ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), Trump disse que "vai acabar".
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O papel polarizador de Elon Musk na liderança do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do presidente dos EUA, Donald Trump, pode em breve chegar ao fim, com Trump a dizer aos jornalistas que "a dada altura, ele vai voltar" a gerir as suas empresas.
A Casa Branca não revelou qualquer calendário claro para o encerramento do DOGE, e a organização governamental de redução de custos nunca foi suposto tornar-se um elemento permanente em Washington. Mas pode estar a chegar a uma conclusão mais rápida do que o previsto. O DOGE estava inicialmente previsto para funcionar até 4 de julho de 2026.
Agora, há sinais de que já está a terminar. Os funcionários do DOGE foram transferidos para várias agências federais, que supostamente devem assumir a liderança na redução de custos. Estão em curso despedimentos em todo o governo para cumprir alguns dos objetivos definidos por Musk e Trump.
"Pensamos que provavelmente nos próximos dois ou três meses, estaremos bastante satisfeitos com as pessoas que estão a trabalhar arduamente e querem ser membros da administração", disse Trump na semana passada.
Musk foi contratado como funcionário especial do governo, o que significa que só pode trabalhar 130 dias num período de 365 dias. Embora não se tenha comprometido a deixar a administração em nenhuma data específica, serão 130 dias desde a tomada de posse de Trump, a 30 de maio.
Na quarta-feira, funcionários da Casa Branca disseram ao Politico que Musk iria, de facto, deixar o cargo em breve, indicando uma mudança em relação a um mês atrás, quando funcionários da Casa Branca disseram que encontrariam uma maneira de Musk ultrapassar o limite de 130 dias.
Musk enfrentou um revés na terça-feira em Wisconsin, onde os eleitores rejeitaram a sua escolha para candidato ao Supremo Tribunal do estado, apesar de mais de 21 milhões de dólares em donativos pessoais e da sua aparição na campanha durante o fim de semana. Há mais problemas para o empresário bilionário na Tesla, o seu fabricante de automóveis eléctricos, que registou uma queda de 13% nas vendas nos primeiros três meses do ano.
Trump disse aos jornalistas na segunda-feira na Sala Oval que "mantê-lo-ia enquanto pudesse mantê-lo" e que "é um tipo muito talentoso".
"Acho-o fantástico, mas também acho que ele tem uma grande empresa para gerir", disse Trump. "E assim, em algum momento, ele vai voltar."
Questionado se o DOGE continuaria sem Musk, Trump disse que os funcionários do gabinete trabalharam em estreita colaboração com Musk e podem manter algumas das pessoas do DOGE em suas agências.
"Mas em um determinado ponto, acho que vai acabar", acrescentou.