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Air India confirma 241 mortes e um sobrevivente na queda do avião em Ahmedabad

Avião despenha-se na Índia
Avião despenha-se na Índia Direitos de autor  Ajit Solanki/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
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Um Boeing 787-8 Dreamliner da Air India com destino a Londres despenhou-se à descolagem no aeroporto de Ahmedabad, na Índia. Sete portugueses, com dupla nacionalidade, seguiam a bordo do avião. Das 242 pessoas a bordo, apenas uma sobreviveu.

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Um avião da Air India com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, despenhou-se durante a descolagem no aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia, esta quinta-feira.

A companhia aérea confirmou ao início da noite desta quinta-feira que morreram 241 das 242 pessoas a bordo e houve apenas um sobrevivente, de nacionalidade britânica.

Foi inicialmente avançado pelo comissário da polícia de Ahmedabad que nenhuma das 242 pessoas a bordo (230 passageiros e 12 tripulantes) sobrevivera, mas o responsável já tinha dado conta de um sobrevivente.

Trata-se do passageiro do lugar 11A que, segundo o The New Indian Express, terá saltado por uma janela de emergência. 

"Um sobrevivente foi encontrado no hospital e está a ser tratado", afirmou o comissário da polícia de Ahmedabad, GS Malik, citado pela agência noticiosa ANI.

O sobrevivente tinha apenas ferimentos ligeiros e conseguiu sair do local do acidente sem ajuda, adianta o The New Indian Express.

Segundo este jornal, trata-se de um homem de 40 anos, de nacionalidade britânica, que estava a regressar ao Reino Unido com o seu irmão.

Entre as pessoas que se encontravam dentro do avião estavam sete portugueses, além de 169 indianos, 53 britânicos e um canadiano.

A informação foi avançada pela companhia aérea, que na rede social X, deu conta do número de pessoas que seguiam a bordo, assim como das suas nacionalidades. Até ao momento não é ainda conhecido o motivo do acidente.

A estação televisiva indiana, NDTV, mostra a sequência completa do acidente, desde a descolagem até ao momento em que se vê o início da queda da aeronave, cerca de um minuto após ter levantado voo.

Portugueses tinham dupla nacionalidade

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, nenhum dos sete cidadãos com nacionalidade portuguesa que perderam a vida no acidente tem família a viver em Portugal.

“Até ao momento foi possível apurar que nenhum dos nacionais portugueses possui família a viver em Portugal”, esclareceu o Ministério em comunicado, acrescentando que, dos sete cidadãos com passaporte português, “cinco estão registados no consulado de Londres e dois em Manchester”.

“Neste momento os familiares estão a caminho das morgues para identificar os corpos”, refere ainda a nota, que indica que não chegou às autoridades portuguesas qualquer pedido de ajuda.

O secretário de Estado das Comunidades tinha confirmado aos jornalistas, na cerimónia dos 40 anos de adesão de Portugal à CEE, que sete pessoas com dupla nacionalidade (portuguesa e indiana) seguiam a bordo do avião e que as autoridades portuguesas estavam a "tentar obter" mais informações.

"Já temos a lista de passageiros e os nomes não são de origem portuguesa. Presume-se que tenham dupla nacionalidade", disse Emídio Sousa, acrescentando que ainda não é possível "saber se são da mesma família ou não". "O que sabemos é que serão cidadãos que estavam a deslocar-se entre a Índia e Inglaterra e que provavelmente até residiam em permanência na Inglaterra. Mas ainda estamos a confirmar."

Por último, o governante deu as suas "condolências a todos os familiares das pessoas que faleceram" e sublinhou que "parece que também existem alguns sobreviventes".

Inicialmente, Emídio Sousa, tinha afirmado, em declarações ao jornal Público, que as autoridades portuguesas estavam a "tentar confirmar" a existência de portugueses a bordo, admitindo já aí que poderiam ter "dupla nacionalidade".

Numa primeira reação ao acidente, o Presidente da República também tinha adiantado que ainda não havia confirmação acerca da existência de portugueses a bordo.

"O ministro dos Negócios Estrangeiros [Paulo Rangel] disse-me agora que ainda não há confirmação, mas parece que haverá sete portugueses no avião que caiu. Vamos ver, ainda não há informação", disse apenas Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à margem da comemoração dos 40 anos da assinatura do tratado da adesão de Portugal à CEE.

Numa declaração partilhada na rede social X, o primeiro-ministro português disse que "foi com profunda consternação" que tomou conhecimento do "trágico acidente de aviação na Índia, no qual seguiam sete cidadãos com nacionalidade portuguesa".

"Em meu nome e do Governo, quero expressar votos de pesar e profunda solidariedade para com os familiares das vítimas", acrescentou Luís Montenegro.

O ministro indiano da Aviação, Kinjarapu Ram Mohan Naidu, declarou estar "chocado e devastado" com a notícia do acidente em Ahmedabad.

"Estamos em alerta máximo. Estou a acompanhar pessoalmente a situação e dei instruções a todas as agências de aviação e de resposta a emergências para que tomem medidas rápidas e coordenadas", afirmou o ministro.

"Foram mobilizadas equipas de salvamento e estão a ser envidados todos os esforços para garantir que a ajuda médica e o apoio de emergência sejam enviados para o local. Os meus pensamentos e orações estão com todas as pessoas a bordo e com as suas famílias".

O ministro-chefe de Gujarat escreveu no X que os funcionários receberam instruções para efetuarem "operações imediatas de salvamento e de socorro" e para tomarem medidas em "pé de guerra".

Foram criados hospitais para prestar cuidados de saúde às vítimas com prioridade.

Os sites de localização de voos mostram que o avião em questão é um Boeing 787-8 Dreamliner.

"Estamos a seguir os relatos de um acidente do voo AI171 da Air India de Ahmedabad para Londres. Recebemos o último sinal do avião às 08:08:51 UTC, poucos segundos após a descolagem", escreveu o Flight Radar num post no X.

A chegada do avião estava prevista para as 18h25 locais (19h25 CEST).

Vídeos não verificados nas redes sociais mostram um avião a voar baixo, em chamas, a descer em direção a um bairro residencial, antes de se desfazer em fumo laranja e preto.

Outra imagem parece mostrar a cauda do avião alojada no telhado de um edifício residencial após o acidente.

As autoridades indianas confirmaram que a aeronave tinha caído numa área residencial em redor do aeroporto. Segundo a agência Reuters, que cita uma fonte da polícia, sabe-se agora que "o edifício sobre o qual o avião se despenhou era uma residência de médicos".

De acordo com novas informações do canal de TV indiano CNN News-18, cita a Reuters, o avião terá caído na residência estatal B.J. Medical College, atingindo a área de refeições da residência e matando muitos estudantes de medicina que estavam no interior.

O canal mostrou imagens de uma parte da aeronave no topo do edifício.

Meghaninagar é um bairro residencial na zona de Sabarmati, em Ahmedabad, no estado indiano de Gujarat.

Os bombeiros trabalham no local onde se despenhou um avião na cidade de Ahmedabad, no noroeste da Índia, no estado de Gujarat, na quinta-feira, 12 de junho de 2025.
Os bombeiros trabalham no local onde se despenhou um avião na cidade de Ahmedabad, no noroeste da Índia, no estado de Gujarat, na quinta-feira, 12 de junho de 2025. Ajit Solanki/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.

O primeiro-ministro indiano Narendra Modi divulgou uma declaração na rede social X, onde diz estar em contacto com "ministros e autoridades que estão a trabalhar para ajudar as pessoas afetadas".

"Nesta hora triste, os meus pensamentos estão com todos afetados por [este acidente]", escreveu.

A presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen também já apresentou "profundas condolências às famílias e entes queridos" das vítimas do "trágico acidente de avião em Ahmedabad"

Dirigindo-se ao primeiro-ministro indiano, von der Leyen disse que "a Europa está solidária com o povo da Índia neste momento de tristeza".

O diretor-geral e administrador executivo da Air India manifestou “profunda tristeza” pelo acidente.

"Este é um dia difícil para todos nós na Air India. E os nossos esforços estão inteiramente concentrados nas necessidades dos nossos passageiros, membros da tripulação, as suas famílias e entes queridos", começou por dizer Campbell Wilson, garantindo que a companhia está a colaborar com as autoridades em todos os esforços de resposta a emergências.

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