A rivalidade entre os fabricantes Airbus e Boeing aquece, enquanto tensões mundiais e o recente acidente da Air India marcam a feira de aviação mais antiga do mundo.
O Paris Air Show arrancou esta segunda-feira no aeródromo de Le Bourget, com mais de 2.400 expositores de 48 países a apresentarem as suas mais recentes inovações durante a semana.
O evento é a maior e mais prestigiada montra mundial da indústria aeroespacial e da defesa.
A atual rivalidade entre a europeia Airbus e a norte-americana Boeing deverá intensificar-se ainda mais durante o evento, uma vez que ambas as fabricantes de aeronaves anunciaram novas encomendas significativas.
A Boeing prevê que a procura mundial de transporte aéreo aumente mais de 40% até 2030.
No entanto, espera-se que as tensões mundiais, as tarifas comerciais e o acidente da Air India marquem o evento.
A queda, na semana passada, de um avião de passageiros Boeing 787 Dreamliner, minutos após a descolagem, voltou a colocar os holofotes sobre o fabricante norte-americano. No entanto, ainda não se sabe a causa que levou o avião a despenhar-se.
Entretanto, a França encerrou os stands das quatro principais empresas israelitas na feira de Paris por aparentemente exibirem armas ofensivas, uma decisão que Israel condenou.
"Os franceses estão a esconder-se atrás de considerações supostamente políticas para excluir as armas ofensivas israelitas de uma exposição internacional - armas que competem com as indústrias francesas", disse Israel num comunicado na segunda-feira.
Três outros stands israelitas, que não apresentam armas, permanecem abertos.
Um tribunal de recurso francês rejeitou, na sexta-feira, a ação de grupos de ativistas que procuravam impedir a participação de empresas israelitas na exposição, invocando a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.