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Trump acusa Israel e Irão de violarem cessar-fogo e está especialmente desagradado com Telavive

Trump falava aos jornalistas em Washington antes de partir para Haia
Trump falava aos jornalistas em Washington antes de partir para Haia Direitos de autor  AP Photo
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De Euronews
Publicado a Últimas notícias
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Após declarações a censurar as ações israelitas desta manhã, Donald Trump fez uma chamada com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu. Depois da chamada, Trump garantiu que Israel não ia atacar o Irão. Minutos depois, ouviram-se explosões em Teerão.

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O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou tanto Israel como o Irão de violarem o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, em declarações aos jornalistas na Casa Branca antes de partir para a cimeira da NATO em Haia, nos Países Baixos.

"Eles [Irão] violaram-no [o cessar-fogo], mas Israel também o violou", reagiu, questionado sobre o lançamento de mísseis balísticos por parte do Irão. Segundo Trump, Telavive "descarregou" logo após ter aceitado o acordo, cita a AP.

"Não estou satisfeito com Israel", adiantou, sublinhando também que, com os ataques norte-americanos, as capacidades nucleares do Irão desapareceram.

Logo após fazer declarações aos jornalistas criticando a atuação do Irão e de Israel, Trump deixou um aviso a Telavive na rede social Truth Social.

"Israel. Não lancem essas bombas. Se o fizerem é uma violação grave. Tragam os vossos pilotos para casa, já!", escreveu.

O jornal Haaretz também dava conta de que o presidente dos Estados Unidos e o primeiro-ministro de Israel estiveram a falar ao telemóvel, durante o voo de Trump a caminho da Europa.

Após o telefonema, Trump recorreu novamente às redes sociais para garantir que Israel não atacará o Irão, menos de uma hora após acusar ambos os lados de violar o cessar-fogo americano.

"Israel não vai atacar o Irão," escreveu na Truth Social. "Todos os aviões vão dar meia volta e voltar para casa, enquanto fazem um amigável 'aceno de avião' ao Irão. Ninguém será ferido, o cessar-fogo está em vigor!"

Durante o telefonema, Netanyahu terá dito a Trump que Israel estava inclinado a realizar pelo menos um ataque "simbólico" em retaliação após terem sido disparados mísseis iranianos em violação do cessar-fogo. Segundo a imprensa israelita, Netanyahu terá dito que já não seria capaz de impedir que fosse realizado.

Entretanto, o ataque foi mesmo levado a cabo, com a Força Aérea israelita a atingir um radar iraniano a norte de Teerão, adiantaram as autoridades israelitas, cita o Times of Israel. Já do lado dos meios de comunicação iranianos, é noticiado que foram ouvidas duas explosões em Teerão, mas também que a cidade de Babolsar terá sido atacada.

Ainda de acordo com Times of Israel, que cita fontes israelitas, Donald Trump fez a publicação sobre o fim dos ataques já depois de saber que ainda haveria esta última operação.

Israel acusou Irão de violar cessar-fogo

O ministro israelita da Defesa , Israel Katz, declarou que o Irão “violou completamente” o cessar-fogo depois de lançar dois mísseis contra o norte de Israel, cerca de duas horas após a entrada em vigor do acordo mediado pelos Estados Unidos e pelo Catar.

"Dei ordens às Forças de Defesa de Israel para que respondam com força à violação do cessar-fogo pelo Irão, com ataques intensos contra alvos do regime no coração de Teerão", afirmou Katz num comunicado, dando indicações para ataques contra alvos paramilitares e governamentais iranianos em Teerão.

Os mísseis terão sido abatidos pelas forças israelitas. Segundo os serviços de emergência do país, não há vítimas mortais, tendo-se registado apenas um ferido - um homem que se dirigia para um abrigo.

As sirenes soaram no norte de Israel e ouviram-se explosões quando as defesas aéreas israelitas dispararam. Os residentes relataram interceções.

No entanto, as forças armadas do Irão, através do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irão, Abdolrahim Mousavi, negam ter disparado quaisquer mísseis contra Israel nas últimas horas, de acordo com a comunicação social estatal iraniana.

A ISNA, agência de notícias do Irão, já tinha apontado como falsas as notícias de que o Irão atacou o norte de Israel com mísseis após o início da trégua.

O principal órgão de segurança do Irão afirma não confiar em Israel e assegura que o Estado persa está pronto a responder de forma cabal "a qualquer ato de violação".

O Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano manifesta a intenção de «impor o fim da guerra» a Israel e aos seus "apoiantes terroristas", advertindo que "qualquer nova agressão terá uma resposta decisiva, firme e oportuna".

Nesta declaração, é elogiado o povo iraniano pela sua «consciência, resiliência e unidade». A "derrota do inimigo", lê-se, deve-se à«firme determinação, paciência estratégica e recusa em aceitar humilhações ou compromissos unilaterais» dos iranianos.

Mal-entendido?

Segundo o Jerusalem Post, não ficou claro se os dois mísseis foram lançados com autorização por parte das altas chefias do regime iraniano ou se a investida foi resultado de um mal-entendido nos níveis mais baixos de decisão.

Seja como for, lembra o jornal israelita, a nova política do estado hebraico é responder a qualquer violação do cessar-fogo, independentemente do motivo da violação.

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF) garante que os militares "responderão com força" ao que apelidam de «grave violação» do Irão. A mensagem foi reproduzida pelas forças israelitas numa publicação na rede social X.

O porta-voz do exército israelita alerta que o "perigo persiste".

"Quero enfatizar que, nesta fase, não há nenhuma mudança nas instruções do comando da Frente Interna. As instruções devem ser obedecidas. O perigo persiste.", afirmou Effie Defrin, numa conferência de imprensa transmitida na televisão.

"O chefe do Estado-Maior instruiu todo o exército a manter um alto nível de alerta e preparação para uma resposta poderosa a qualquer violação do cessar-fogo», acrescentou.

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