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Gaza: Trump pede trégua enquanto Israel ordena novas evacuações para mais ofensivas

Um homem carrega o corpo embrulhado de uma criança que terá sido morta juntamente com outras num ataque israelita que teve como alvo uma escola no norte da Faixa de Gaza
Um homem carrega o corpo embrulhado de uma criança que terá sido morta juntamente com outras num ataque israelita que teve como alvo uma escola no norte da Faixa de Gaza Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved.
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De Sertac Aktan com AP
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No domingo, Trump apelou para um acordo de cessar-fogo em Gaza. Simultaneamente, Israel ordenou novas evacuações em massa no norte do enclave palestiniano, uma vez que planeia expandir a sua operação militar.

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O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, pediu que se façam progressos nas conversações sobre o cessar-fogo em Gaza para pôr fim a um conflito que dura há 20 meses, numa altura em que Israel e o Hamas parecem estar a aproximar-se de um acordo.

Um funcionário israelita afirmou que estão a ser feitos planos para que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se desloque a Washington nas próximas semanas. O funcionário recusou-se a discutir o foco da visita e falou sob condição de anonimato para discutir planos que ainda não foram finalizados.

O ministro israelita dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, já se tinha deslocado a Washington esta semana para conversações sobre um cessar-fogo.

Horas antes dos apelos de Trump a um cessar-fogo, no sábado, pelo menos 60 pessoas foram mortas em Gaza por ataques israelitas, segundo os profissionais de saúde.

Os ataques começaram no final de sexta-feira e continuaram na manhã de sábado, entre outros, matando 12 pessoas perto do Estádio da Palestina na Cidade de Gaza, que abrigava pessoas deslocadas, e mais oito que viviam em apartamentos, de acordo com funcionários do Hospital Shifa, para onde os corpos foram levados.

Mais de 20 cadáveres foram trasnportados para o Hospital Nasser, segundo as autoridades sanitárias.

Um ataque ao meio-dia de sábado matou 11 pessoas numa rua no leste da cidade de Gaza, tendo os corpos sido levados para o Hospital Al-Ahli.

Trump: Façam o acordo, recuperem os reféns!

"Façam o acordo em Gaza. Tragam os reféns de volta!!!", escreveu Trump escreveu na sua plataforma na internet, Truth Social, na manhã de domingo.

Na sexta-feira, o presidente norte-americano aumentou as expectativas de um acordo, afirmando que uma trégua poderia ser alcançado na próxima semana. Perante as perguntas dos jornalistas, disse: "Estamos a trabalhar em Gaza e a tentar resolver o problema".

Em Israel, os familiares dos restantes reféns reuniram-se para a sua manifestação semanal, exigindo um cessar-fogo e um acordo para o regresso dos reféns ainda detidos pelo Hamas em Gaza.

Apesar de uma pausa nas hostilidades de oito semanas alcançada no momento em que Trump estava a tomar posse no início deste ano, as tentativas feitas desde então para levar as partes a um novo acordo falharam.

Entretanto, Trump apelidou o processo de corrupção de Netanyahu de "caça às bruxas políticas", alegando semelhanças com os seus próprios processos nos EUA. Segundo Trump, o processo judicial deve terminar e o tribunal deve libertar Netanyahu, para que este possa negociar um acordo com o Hamas para recuperar os reféns. Apesar da popularidade de Trump no país, esta atitude foi vista por muitos em Israel como uma interferência de um aliado internacional nos assuntos internos de um Estado soberano.

Novas ordens de evacuação em Gaza

No domingo, Netanyahu deverá realizar uma reunião de alto nível com o ministro da Defesa, Israel Katz, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, tenente-general Eyal Zamir, para avaliar os próximos passos a dar na Faixa de Gaza, incluindo uma potencial operação militar mais alargada, diferente das ofensivas anteriores, segundo os meios de comunicação israelitas.

O exército israelita ordenou no domingo novas evacuações em massa no norte da cidade de Gaza. O coronel Avichay Adraee, porta-voz militar, publicou a ordem nas redes sociais, uma vez que as forças israelitas vão expandir os seus ataques nessa área.

Estão abrangidos vários bairros no leste e norte da cidade de Gaza, bem como o campo de refugiados de Jabaliya.

Os militares pediram à população para que se desloque para sul, para a zona de Muwasi, no sul de Gaza. Os grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que esta deslocação equivaleria a uma transferência forçada.

Situação humanitária é "insuportável", afirma ministra austríaco

O ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty, encontrou-se com a sua homóloga austríaca, Beate Meinl-Reisinger, no Cairo, no sábado, e os dois realizaram uma conferência de imprensa.

A ministra austríaco afirmou que a situação humanitária na Faixa de Gaza é "insuportável".

"É mais do que tempo, especialmente nas conversações políticas e diplomáticas, de pressionar para um cessar-fogo. É tempo de paz, de as armas se calarem, também em Gaza", afirmou Meinl-Reisinger.

A guerra já matou mais de 56.000 palestinianos, segundo o ministério da Saúde do Hamas, que não faz distinção entre civis e combatentes. Mais de metade das vítimas mortais são mulheres e crianças, incluindo 6.089 mortos desde o fim do último cessar-fogo.

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