A reparação do gasoduto Kilis-Alepo, que tem uma capacidade diária de transporte de gás de 6 milhões de metros cúbicos, foi concluída a 21 de maio.
A exportação de gás natural do Azerbaijão para a Síria, via Kilis, começou no sábado, dia 2 de agosto, com a abertura do gasoduto de gás natural Turquia-Síria.
A cerimónia de inauguração do gasoduto, que decorreu no sábado em Kilis, a sete quilómetros da fronteira síria, contou com a presença do ministro da Energia e dos Recursos Naturais, Alparslan Bayraktar, do presidente do Fundo de Desenvolvimento do Qatar, Fahad Hamad Al-Sulaiti, do ministro da Energia sírio, Mohammed Al-Bashir, e do ministro da Economia do Azerbaijão, Mikayıl Jabbarov.
No seu discurso de abertura, o ministro Bayraktar declarou que, com a exportação de dois mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano na primeira fase, o fornecimento de eletricidade na Síria passará de três a quatro horas por dia para dez horas por dia.
O ministro afirmou ainda que a eletricidade é exportada da Turquia para a Síria a partir de oito pontos diferentes e que a capacidade de exportação aumentará 25% na primeira fase, duplicando mais tarde.
"Com as novas ligações, a capacidade atingirá 860 megawatts e 1,6 milhões de famílias na Síria serão abastecidas com eletricidade", afirmou.
Bayraktar anunciou também a assinatura de um acordo de troca de gás natural com a empresa estatal azeri SOCAR.
A 30 de julho, Bayraktar anunciou que a Turquia iria cooperar com o Azerbaijão e o Qatar na exportação de gás natural para a Síria. O ministro declarou ainda que a Turquia está atualmente a exportar 280 megawatts de eletricidade para o norte da Síria.
O ministro afirmou que, com o gás do Azerbaijão a ser transportado para a Síria, a produção de eletricidade no país aumentará significativamente, "acelerando assim o regresso" dos sírios à Turquia.
A reparação do gasoduto Kilis-Alepo, com uma capacidade diária de transporte de gás de 6 milhões de metros cúbicos, ficou concluída a 21 de maio.
O comissário salientou que estão em curso trabalhos para reativar a linha elétrica Birecik-Halep, com uma capacidade de 500 megawatts, que já foi utilizada no passado.
Cooperação energética
Logo após a suspensão das sanções pela UE e pelos EUA, foi anunciado, em maio, um acordo de cooperação estratégica no valor de 7 mil milhões de dólares (cerca de 284 mil milhões de TL) entre a Kalyon Holding e a Cengiz Holding, da Turquia, a UCC, do Qatar, a Power International, dos EUA, e o Ministério da Energia da Síria.
No âmbito deste acordo, o consórcio construirá centrais elétricas de ciclo combinado a gás natural com uma capacidade instalada de quatro mil megawatts nas regiões sírias de Treyfi, Zeyzun, Deir ez-Zor e Miharde, bem como uma central de energia solar (SPP) com uma capacidade instalada de mil megawatts na região de Vidyan al-Rabii, que entrará em funcionamento dentro de cerca de dois anos. As centrais elétricas a gás natural estarão concluídas no prazo de três anos.
O consórcio tem como objetivo garantir o abastecimento energético da Síria, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento regional.
Abastecimento de energia durante a guerra civil
Os sírios têm enfrentado graves carências energéticas desde o início da guerra civil.
O conflito, que se prolongou por vários anos, paralisou mais de 50% da rede elétrica do país, reduzindo a capacidade de produção de eletricidade de 8500 megawatts para 3500 megawatts. A principal razão para este facto são os graves danos causados às centrais elétricas nas regiões de Mkharde, Alepo e Zayzoun.
Antes da guerra civil de 2011, a Síria produzia e exportava 400 mil barris de petróleo por dia. Atualmente, no entanto, só consegue produzir 20 mil barris e está dependente das importações. O setor do gás natural, que se encontrava em desenvolvimento em 2011, é atualmente quase inexistente.