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Chipre: "Não podemos dar recursos a países terceiros que ameaçam membros da UE"

António Costa e Nikos Christodoulides
António Costa e Nikos Christodoulides Direitos de autor  Γραφείο Τύπου και Πληροφοριών Κύπρου / Κυριάκος Χατζηελιά
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De Georgios Aivaliotis & Euronews com RIKNEWS
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O presidente de Chipre, Nicos Christodoulides, garantiu que o país não permitirá a participação da Turquia no Programa Europeu de Defesa Comum. Declarações aconteceram durante visita de António Costa a Nicósia.

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Chipre não permitirá a participação da Turquia no Programa Europeu de Defesa Comum enquanto este país continuar a ameaçar países da União Europeia. A garantia foi dada pelo presidente de Chipre, Nicos Christodoulides, numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, António Costa.

"A participação de qualquer país terceiro requer um acordo de defesa com a UE. Um entendimento que requer o acordo de todos os 27 Estados-membros. Mas mais do que isso, não podemos financiar, não podemos dar recursos da UE a Estados terceiros que ameaçam os Estados-membros da UE", afirmou o presidente cipriota, que estabeleceu um paralelo com a invasão russa da Ucrânia.

Nicos Christodoulides estabeleceu um paralelo com a invasão russa da Ucrânia.

"É como se, porque não há absolutamente nenhuma diferença, a UE devesse financiar a indústria de defesa da Rússia, que não é um Estado terceiro, mas invadiu ilegalmente o território de um país da região", explicou.

De visita a Nicósia, António Costa explicou que as regras do programa de reforço de armamento europeu são claras.

"As regras do programa Safe são muito claras e estão abertas aos países terceiros, mas aos países terceiros que não representam uma ameaça para a segurança de qualquer Estado-membro. Os países que violam ou ameaçam a segurança de um Estado-membro não podem participar no mecanismo de segurança e utilizar o Safe. Os países terceiros têm de assinar um acordo de defesa que tem de ser aprovado por todos os Estados-Membros", sublinhou António Costa.

As conversações com o presidente de Chipre centraram-se nas principais prioridades da Presidência cipriota durante o primeiro semestre de 2026, bem como nas questões críticas que será chamada a gerir. Estas incluem questões de defesa e segurança, competitividade, bem como o Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034.

Simultaneamente, procedeu-se a uma troca de pontos de vista sobre o Conselho Europeu informal que Chipre acolherá no próximo mês de abril.

Reunião no Palácio Presidencial

A União Europeia (UE) conta com a República de Chipre para continuar a promover as questões fundamentais que a preocupam, afirmou hoje, António Costa.

O presidente de Chipre garantiu que o país está pronto a assumir as suas responsabilidades na presidência do Conselho da UE, na gestão de temas importantes como o Quadro Financeiro Plurianual, a competitividade, a migração, a defesa e a segurança.

Acrescentou ainda que é também muito importante aproximar a Europa dos países da região do Mediterrâneo Oriental e trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios comuns.

"Esperam-se discussões difíceis e prolongadas durante a nossa Presidência, discussões essas que são cruciais para o financiamento, por assim dizer, das nossas prioridades coletivas nos próximos anos e Chipre irá trabalhar em estreita colaboração com as instituições da União Europeia e com os Estados-membros para fazer progressos substanciais nesta importante questão, de forma atempada", afirmou Nikos Christodoulides na conferência de imprensa conjunta.

Já António Costa afirmou, entre outras coisas, que a UE confia na Presidência cipriota para gerir questões importantes que preocupam a UE no seu conjunto, sendo importante construir a unidade entre os diferentes Estados-membros.

"Contamos convosco para pôr em marcha as nossas prioridades", disse Costa, referindo-se à próxima Presidência cipriota do Conselho da UE, salientando a importância de aproximar o bloco da região mediterrânica, bem como de trazer paz, estabilidade e prosperidade à região.

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