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Reyes Rigo, ativista espanhola da flotilha de Gaza, acusada de agressão em Israel

Reyes Rigo, último membro espanhol da flotilha em Israel
Reyes Rigo, último membro espanhol da flotilha em Israel Direitos de autor  FLOTILLA GLOBAL SUMMUD
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De Jesús Maturana
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A polícia israelita acusa Reyes Rigo de ter mordido um funcionário público na prisão de Ketziot e pede a sua prisão preventiva. A ativista maiorquina, a última espanhola detida após a interceção da flotilha humanitária, devia ter sido libertada antes desta acusação israelita.

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A Polícia de Israel e o Gabinete do Procurador do Negev apresentaram uma acusação no Tribunal de Beersheva contra Reyes Rigo, uma ativista espanhola na casa dos 50 anos que foi detida durante a interceção da Flotilha Global Sumud na semana passada.

De acordo com o documento de acusação, Rigo recusou-se a entrar voluntariamente na sua cela na prisão de Ketziot e, durante a luta com o pessoal de segurança, mordeu uma funcionária na mão, provocando-lhe ferimentos.

As autoridades israelitas descreveram o incidente como um ataque a um funcionário público e solicitaram a sua prisão preventiva até à conclusão do processo judicial. "A polícia israelita reprimirá todas as tentativas de ferir os símbolos do governo e os funcionários públicos", declarou um comunicado oficial.

Rigo, natural de Palma de Maiorca e acupunturista de profissão, é a última cidadã espanhola da flotilha ainda detida em território israelita, quando deveria ter sido libertada na sexta-feira.

Alegações de maus-tratos e protestos

O caso gerou atenção internacional e protestos nas Ilhas Baleares, onde familiares e grupos sociais exigem a sua libertação imediata. Carlota Oliver, familiar da ativista, apelou publicamente ao governo espanhol para que "faça com que ela regresse já a casa", insistindo que Reyes "está numa situação vulnerável por defender causas justas". O porta-voz do Podemos Baleares, Jesús Jurado, denunciou que a ativista continua "detida por um regime genocida que maltrata ativistas pacíficos".

Os ativistas espanhóis deportados anteriormente denunciaram "tratamentos humilhantes e desumanos" durante a sua detenção. Fomos espancados, arrastados no chão, vendados, amarrados de pés e mãos, metidos em jaulas e insultados", afirmou Rafael Borrego, um dos deportados. A flotilha era composta por 49 espanhóis, incluindo oito das Ilhas Baleares, e partiu de Barcelona com o objetivo de denunciar o bloqueio israelita a Gaza e entregar ajuda humanitária.

Quem é Reyes Rigo?

Reyes Rigo é uma acupunturista e ativista nascida em Palma de Maiorca que se formou em acupuntura durante a década de 1990. Antes de regressar a Maiorca em 2020 para abrir um consultório no bairro de Son Espanyolet, trabalhou em diferentes países da Europa e da Ásia, onde desenvolveu a sua carreira profissional no domínio da medicina alternativa.

O seu compromisso com causas humanitárias começou em 2010, durante uma viagem à Índia que marcou um ponto de viragem na sua vida. Desde então, tem colaborado com várias ONG, oferecendo tratamentos de acupunctura a pessoas vulneráveis e participando em missões de solidariedade.

Este verão, decidiu juntar-se à Global Sumud Flotilla, uma expedição que partiu de Barcelona em direção a Gaza a bordo do navio El Adara, com o objetivo de denunciar o bloqueio israelita ao território palestiniano e entregar ajuda humanitária à sua população.

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