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Sánchez propõe salário mínimo comum para toda a União Europeia

Pedro Sánchez no seu discurso no congresso do Partido Socialista Europeu, Amesterdão, 18/10/2025
Pedro Sánchez no seu discurso no congresso do Partido Socialista Europeu, Amesterdão, 18/10/2025 Direitos de autor  Captura de pantalla del vídeo de @PSOE en x.com
Direitos de autor Captura de pantalla del vídeo de @PSOE en x.com
De Jesús Maturana
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O presidente do Governo espanhol defendeu, no congresso do Partido Socialista Europeu em Amesterdão, a necessidade de estabelecer um salário mínimo comum em toda a UE. Acusou a direita tradicional de se tornar satélite da extrema-direita ao copiar as suas ideias e atacar direitos conquistados.

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Pedro Sánchez propôs durante o encerramento do congresso do Partido Socialista Europeu realizado este sábado em Amesterdão a criação de um salário mínimo comum para todos os trabalhadores dos países da União Europeia. "Depende de nós garantir que a União Europeia ofereça uma vida melhor aos nossos cidadãos, incluindo um salário mínimo comum em toda a União Europeia", afirmou o líder socialista perante centenas de representantes dos partidos da família socialista europeia.

O presidente do Governo espanhol considera necessário ampliar o pilar social da Europa, alertando que os direitos dos trabalhadores e das classes médias, que demoraram décadas a serem conquistados, estão agora ameaçados.

Consequentemente, defendeu a necessidade de trabalhar para que existam empregos dignos em toda a UE. Além disso, defendeu a proteção da saúde e da educação públicas, a adoção de medidas para facilitar o acesso à habitação, a obtenção de ar limpo através da transição energética e a redução das desigualdades.

Duras críticas à direita europeia e espanhola

Na sua intervenção, Sánchez lançou uma dura mensagem de advertência ao acusar a direita tradicional europeia de se estar a tornar num satélite da extrema-direita. "Espanha não é uma exceção; lá, a direita convencional tornou-se noutro satélite da extrema-direita", indicou, após criticar que as organizações conservadoras se "renderam" à extrema-direita ao "copiar as suas ideias e propostas". O líder do PSOE alertou que a direita acabará nas "mandíbulas" da extrema-direita se mantiver essa política seguidista.

Sem mencionar expressamente o PP, Sánchez criticou aqueles que "estão dispostos" a restringir direitos como o direito ao aborto, a negar a emergência climática, a impedir leis sobre a memória democrática e a retroceder na luta contra a violência de género. "Estão a desmantelar a base da democracia", criticou. "Fazem-no porque acreditam que é a sua única oportunidade de sobreviver politicamente", afirmou perante os líderes socialistas reunidos nos Países Baixos.

Coerência internacional e agenda progressista

O presidente do Governo também fez um apelo à união de todas as forças progressistas e enfatizou a necessidade de serem consistentes e coerentes, sem aplicar duplas medidas. "Todas as vidas têm o mesmo valor: na Ucrânia, em Gaza ou em qualquer outro lugar do mundo", afirmou, alertando que "aceitar duplas medidas arruína a autoridade moral da Europa e desmantela o sistema multilateral".

Sánchez, que se reuniu durante a manhã com o presidente da Generalitat, Salvador Illa, também presente no congresso, reivindicou o papel do seu Governo destacando as projeções económicas positivas que instituições como o FMI têm para Espanha e o facto de que 60% da geração de energia provém de fontes renováveis.

"Estamos a desmantelar, um por um, os velhos dogmas impostos pela direita durante e após a crise financeira da década passada", sentenciou. Finalmente, instou a colocar o foco da agenda europeia na crise da habitação, no avanço da igualdade de género e na expansão do pilar social e dos direitos dos trabalhadores.

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