Os juízes Flávio Dino e Cristiano Zanin confirmaram decisão de Alexandre de Moraes que determinou decretou prisão preventiva para Jair Bolsonaro após este ter tentado danificar a pulseira eletrónica.
Jair Bolsonaro vai continuar em prisão preventiva. Os juízes do Supremo Tribunal Federal confirmaram, esta segunda-feira, a decisão de Alexandre de Moraes, que, no sábado, converteu a prisão domiciliária do antigo presidente brasileiro em prisão preventiva, depois deste ter danificado a pulseira eletrónica. O magistrado considerou haver perigo de fuga.
O antigo líder brasileiro tentou tirar a pulseira eletrónica horas depois que o filho, o senador Flávio Bolsonaro, convocou uma vigília religiosa na frente da casa onde o pai estava detido.
Segundo Alexandre de Moraes, a vigília, marcada para sábado, poderia “criar um ambiente propício para sua fuga, frustrando a aplicação da lei penal”.
Hoje, após a audiência de custódia de Bolsonaro, a decisão foi confirmada quando o coletivo de juízes do STF formou maioria, com Flávio Dino e Cristiano Zanin se juntando a Alexandre de Moraes na medida.
Durante a audiência de custódia, realizada no domingo, Jair Bolsonaro admitiu que mexeu na pulseira, mas indicou que "não tinha qualquer intenção de fuga e que não houve rompimento da cinta [pulseira].”
O antigo presidente brasileiro disse que teve uma "alucinação" de que existia uma escuta na pulseira eletrónica e que, por isso, "tentou abri-la com "um ferro de soldar".
Reconhecendo o episódio psicológico, Bolsonaro indicou, ainda, que começou a tomar medicação recentemente, o que gerou uma certa "paranóia".
Desde sábado, Bolsonaro se encontra detido numa unidade da Polícia Federal (PF), em Brasília.
A decisão não marca, no entanto, o início do cumprimento da pena de prisão efetiva de 27 anos e três meses decretada pelos magistrados do STF ao antigo líder brasileiro. Jair Bolsonaro foi condenado por liderar uma organização criminosa na tentativa de derrubar o governo.