A Parceria Transpacífico selada esta segunda-feira em Atlanta, nos Estados Unidos, ainda tem de correr um longo caminho antes de se tornar efetivo.
A Parceria Transpacífico selada esta segunda-feira em Atlanta, nos Estados Unidos, ainda tem de correr um longo caminho antes de se tornar efetivo. O tratado de comércio livre deve ser ratificado pelos estados signatários: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Estados Unidos, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname. Estes doze países representam 40 por cento do produto interno bruto mundial e são habitados por 800 milhões de pessoas.
As negociações duraram cinco anos e foram difíceis, mas alguns setores saíram mais beneficiados, como explica o analista Edward Alden, do Council on Foreign Relations:
“Entre os vencedores contam-se as indústrias tecnológicas. Se olharmos para os setores dos semicondutores ou da informática encontramos disposições relativas à liberdade do fluxo de dados e ao impedimento dos países exigirem armazenamento local de dados, o que é um grande problema para os Googles deste mundo.”
O documento é visto como uma manobra americana para contrariar o peso crescente da China no mercado asiático, embora tenha sido convidada a participar nas negociações, o que recusou devido às restrições no setor financeiro. No entanto, Pequim saudou a Parceria e não põe de parte uma eventual participação futura no maior espaço de comércio livre do mundo. A Coreia do Sul também ficou de fora deste tratado mas está a preparar-se para aderir à Parceria Transpacífico.