Como previsto, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu continuar a inundar o mercado e não tomou medidas para eliminar o excesso de oferta, que já atirou os preços do barril p
Como previsto, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu continuar a inundar o mercado e não tomou medidas para eliminar o excesso de oferta, que já atirou os preços do barril para valores mínimos em mais de seis anos.
Reunido em Viena, na Áustria, o cartel, que produz mais de um terço do petróleo no mundo, não chegou a acordo para limitar a produção.
Na conferência de imprensa após a reunião, o secretário-geral da OPEP, Abdullah al-Badri, referiu que não foi possível chegar a acordo porque é impossível prever a quantidade de petróleo que o Irão irá acrescentar à produção no próximo ano. Teerão quer aumentar a produção para 1 milhão de barris por dia assim que as sanções forem levantadas
A perspetiva de que um acordo não seria alcançado provocou, esta sexta-feira, uma nova queda no preço do barril de brent, que negociava perto dos 43 dólares.
Sem acordo, a OPEP mantém o teto conjunto de produção, que é atualmente de 30 milhões de barris por dia. No entanto, o limite não está a ser respeitado e os analistas estimam que estão a ser extraídos 31,5 milhões de barris por dia.
Apesar da pressão de alguns membros mais pobres, caso da Venezuela, o principal produtor da OPEP – a Arábia Saudita – só está disposto a cortar na produção se nomeadamente a Rússia, que não faz parte do cartel, e o Iraque estiverem dispostos a fazer o mesmo.
A estratégia comercial da OPEP tem sido de inundar o mercado de petróleo, defendendo a sua quota de mercado na expectativa que os preços baixos acabem por empurrar para fora do mercado quem tem maiores custos de produção, como é o caso dos produtores dos hidrocarbonetos de xisto nos Estados Unidos.
A próxima reunião da OPEP foi agendada para 2 de junho de 2016.