O diferendo entre o FBI e a Apple já chegou ao Congresso norte-americano. O conflito de interesses, que até agora tinha ficado pelos tribunais, foi
O diferendo entre o FBI e a Apple já chegou ao Congresso norte-americano. O conflito de interesses, que até agora tinha ficado pelos tribunais, foi apresentado, terça-feira, pelas partes, perante um painel de congressistas.
O FBI pretende a colaboração da Apple para desbloquear o iPhone de um dos envolvidos no tiroteio de San Bernardino, mas a Apple recusa ajudar por considerar que ia violar a privacidade de milhões de utilizadores.
“Este caso de San Bernardino não é sobre o FBI ou sobre a Apple, não é sobre o Congresso, não se trata de outra coisa senão tentar fazer uma investigação abrangente. É claro que qualquer decisão de um juiz será, de alguma maneira, potencialmente um precedente. Não vinculativo, mas de orientação. Quer seja a favor ou contra,” considerou o diretor do FBI, Jim Comey, perante os congressistas.
Declarações do diretor do FBI que contradizem o que disse uma semana atrás quando considerou que não iriam abrir um precedente para outros casos
“O que o FBI está a pedir é que lhes mostremos como entrar no iPhone, para construirmos uma ferramenta com a qual podem violar o sistema de segurança que protege as informações pessoais de cada iPhone. Mas, como já disse aos americanos, ao construirmos esse software não afetaríamos apenas um iPhone. Isso enfraqueceria a segurança de todos,” declarou o conselheiro da Apple, Bruce Sewell.
De recordar que 14 pessoas morreram e 21 outras ficaram feridas, a 2 de dezembro de 2015, quando Rizwan Farook e Tashfeen Malik, presumíveis seguidores do autodenominado Estado Islâmico, atacaram uma delegação dos Serviços Socias de San Bernardino, Califórnia, Estados Unidos.