A British Home Stores (BHS), uma das grandes cadeias de lojas do Reino Unido, está sob administração judicial, para evitar a falência. Estão
A British Home Stores (BHS), uma das grandes cadeias de lojas do Reino Unido, está sob administração judicial, para evitar a falência. Estão ameaçados 11 mil empregos.
BHS vende desde roupas a artigos para casa e produtos alimentares. A concorrência é forte e a cadeia não tem acompanhado a mudança de gostos da clientela.
Watch #BHS CEO speak at Retail Week Live 5 weeks ago on the struggles facing the retailer. https://t.co/SovccR6mCvpic.twitter.com/UFxSKenqbC
— Retail Week (@RetailWeek) 25 de abril de 2016
A cadeia, criada em 1928, possui 164 lojas.
O grupo enfrenta uma queda das vendas, uma pesada fatura com rendas, uma dívida elevada e um défice no fundo de pensões. Um contexto que levou ao fracasso das negociações para a venda ao grupo britânico Sports Direct.
A situação difícil da BHS não é única, como o explica Jeremy Batstone-Carr, economista-chefe na Charles Stanley: “Os rendimentos pessoais disponíveis permanecem bastante limitados em todo o lado e isso, claro, está a ter um efeito negativo, a médio e longo prazo, sobre os retalhistas”.
A BHS tem uma dívida de um milhão de libras.
Philip Green, dono da Topshop, vendeu a BHS há um ano por uma libra. É criticado por não ter contribuído para o fundo de pensões da BHS, no qual há um buraco de 571 milhões de libras que será coberto pelo Fundo de Proteção de Pensões, ou seja, o dinheiro dos contribuintes britânicos.
A falência da BHS pode ser o maior colapso de um retalhista britânico desde a Woolworths em 2008.
O caso BHS é mais uma dor de cabeça para o governo Cameron, que já tem de enfrentar o dossiê da Tata Steels, que ameaça 15 mil empregos no setor siderúrgico.