Na Alemanha, o Tribunal Constitucional volta a ser chamado a pronunciar-se sobre a política de compra de ativos do Banco Central Europeu (BCE). No
Na Alemanha, o Tribunal Constitucional volta a ser chamado a pronunciar-se sobre a política de compra de ativos do Banco Central Europeu (BCE).
No passado dia 12 de maio, um grupo de empresários e economistas apresentou uma queixa para militar a ação do BCE. Os queixosos alegam que o programa de compra de dívida das empresas, a partir de junho, tem “riscos imprevisíveis”, é discriminatória para as empresas que não são abrangidas e distorce os mecanismos do mercado.
GERMAN CONSTITUTIONAL COURT SPOKESMAN CONFIRMS IT HAS RECEIVED COMPLAINT AGAINST ECB MONETARY POLICY
— MineForNothing (@minefornothing) 17 de maio de 2016
A ação do BCE já tinha originado queixas no passado, mas até agora nunca tiveram sucesso.
Atualmente, o BCE compra 80 mil milhões de euros de ativos por mês para fazer subir a inflação e relançar a economia.
Muitos políticos alemães, incluindo o ministro das Finanças, Wolfgang Schaüble, consideram que as baixas taxas de juro penalizam as poupanças e as pensões dos alemães.
Mas ao mesmo tempo, as empresas alemãs beneficiam as taxas de juro baixas e uma cotação baixa do euro, o que fomenta as exportações.
Face às críticas, o presidente do Bundesbank sai em defesa do BCE. Jens Weidmann, que nem sempre está de acordo com o Mario Draghi, reconhece que algumas medidas estão na linha entre a política monetária e a política fiscal, da competência dos governos, mas alerta para a importância de manter a independência do Banco Central.
El presidente del Bundesbank, Jens Weidmann, defiende la independencia del Banco Central Europeo https://t.co/KnuGGsoSlV
— EL PAÍS (@el_pais) 17 de maio de 2016