O governo britânico quer reduzir os impostos para as empresas para manter o país atrativo e evitar fuga de capitais após o “Brexit”.
O governo britânico quer reduzir os impostos para as empresas para manter o país atrativo e evitar fuga de capitais após o “Brexit”.
O ministro das Finanças, George Osborne, revelou ao Financial Times que quer colocar o IRC abaixo dos 15%, mas não avançou datas.
Atualmente, a taxa de IRC é de 20% e Londres pretende baixá-la para 17% em 2020.
A concretizar-se, o Reino Unido iria aproximar-se da Irlanda, onde a taxa é de 12,5%, a mais baixa da Europa.
Britain open for business: lower business taxes, support for bank lending, infrastructure investment, more trade with China + rest of world
— George Osborne (@George_Osborne) July 4, 2016
O analista Michael Hewson estima que “Osborne tem de pensar de forma ampla, não só no corte dos impostos às empresas, mas também da contribuição autárquica sobre imóveis. É um encargo significativo para pequenas e grandes empresas no Reino Unido. É preciso olhar também para os potenciais gastos com infraestruturas no futuro”.
Segundo Pascal Lamy, antigo líder da Organização Mundial do Comércio (OMC), começar com o corte dos impostos não seria a melhor forma de iniciar negociações com a UE. Já Emmanuel Macron, ministro francês da Economia, estima que “o corte dos impostos para as empresas não deveria ser a prioridade do governo britânico”.
O choque do “Brexit” poder arrastar a economia britânica para uma recessão. Num primeiro sinal, o índice PMI do setor da construção registou, em junho, a maior contração em sete anos.
O índice baixou para 46 pontos, contra 51,2 pontos em maio.
A pressão no setor imobiliário é forte. Segundo um estudo de Casa.it, nos dias dias que se seguiram ao referendo, o valor dos imóveis em Londres baixou 5,5% e a procura diminuiu 19%.