A Islândia regressa completamente aos mercados financeiros internacionais, nove anos após o colapso do setor bancário do país.
A Islândia regressa completamente aos mercados financeiros internacionais, nove anos após o colapso do setor bancário do país.
O governo levanta, esta terça-feira, o controlo de capitais que ainda vigoram para famílias, empresas e fundos de pensões.
#Iceland to end all #capital controls
— Futures and Options (@futuresoption) 13 de março de 2017
O processo de suspensão dos controlos começou no ano passado.
Acompanhado do ministro das Finanças e do governador do Banco Central, o primeiro-ministro Bjarni Benediktsson, explicou: “Pode-se dizer que o controlo de capitais era uma medida necessária para a recuperação da economia após o colapso. Os controlos financeiros tiveram efeitos sobre as pessoas e as empresas. Havia a obrigação de repatriar divisas estrangeiras e grandes restrições à movimentação de capitais.”
Os investidores e detentores de coroas islandesas não podiam usar livremente os ativos fora do país. Mas as regras implementadas complicaram a vida a empresas islandesas a operar no estrangeiro e penalizaram o investimento estrangeiro na ilha.
A crise financeira de 2008 levou à falência os três maiores bancos islandeses, que detinham ativos 10 vezes superiores ao PIB do país.
A Islândia acabaria em recessão e obrigada a impor medidas de austeridade. Mas a economia recuperou. No ano passado, o PIB teve um crescimento de 7,2%, impulsionado pelo turismo.
Entretanto, banco central anunciou a compra de 90 milhões de coroas (cerca de 780 milhões de euros) em capitais a fundos “offshore”, a uma taxa de câmbio de 137,5 coroas por euro.
Mas o problema, herança da crise, não está resolvido. Os fundos estrangeiros possuem ativos islandeses estimados em mais de mil milhões de dólares e alguns recorreram à justiça para obter melhores condições.