O investimento chinês nos países dos balcãs cresce a olhos vistos. Depois da Sérvia e do Montenegro, a China assinou acordos comerciais com a Croácia.
Minas, pontes, autoestradas, siderurgias, centrais termoelétricas a carvão: os investimentos da China nos Balcãs crescem a olhos vistos, no âmbito do projeto da Nova Rota da Seda, que também envolve a Itália. Uma dor de cabeça para a União Europeia.
De visita à Croacia, onde assinou mais acordos comerciais, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou: "Esperamos conectar a iniciativa da Nova Rota da Seda da China com a estratégia de desenvolvimento da Croácia. Gostaríamos de desenvolver a cooperação na construção de infraestruturas, respeitando a independência e a integridade territorial da Croácia."
Entre 2007 e 2017, os investimentos chineses nos balcãs chegaram a 12 mil milhões de euros, dos quais um terço na Sérvia e um quinto na Bósnia. A UE ainda tem uma clara supremacia, com 70% do investimento estrangeiro, na Sérvia, Bósnia e Montenegro, Macedónia do Norte, Albânia e Kosovo, mas os exemplos de negócios da China não faltam:
Em Smederevo, a leste de Belgrado, os chineses compraram a maior siderurgia da Sérvia, pagando 46 milhões de euros e evitando o desemprego a 5.000 funcionários. O Montenegro, onde a dívida pública subiu para 70% do PIB, o país contratou um empréstimo de 800 milhões de euros com um banco chinês, para construir uma auto-estrada.