Os números da inflação têm vindo a acelerar afetando, e muito, o bolso dos europeus
Estima-se que a taxa de inflação na zona euro tenha atingido os 7,5% em abril, mas nem todos os países da moeda única estão a ser afetados da mesma forma, de acordo com dados do Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia.
A Estónia deverá ter a inflação mais alta entre os 19 países do euro, com preços 19% mais altos do que em abril de 2021. Isso é superior a março, quando a inflação anual da Estónia atingiu os 14,8%.
Os outros Estados Bálticos – Lituânia e Letónia – seguem o exemplo. Isso acontece em grande parte porque os três pequenos estados dependem fortemente de importações estrangeiras para responder às suas necessidades de energia, tornando-os particularmente vulneráveis à volatilidade global dos preços.
Espera-se que a energia tenha a maior taxa de inflação anual em abril, com 38,0% – em comparação com 44,4% em março – seguida dos alimentos, álcool e tabaco, com uma inflação de 6,4% em comparação com os 5% em março. As taxas de inflação para alimentos não-industriais, bem como para serviços, devem ser mais altas em abril do que em março.
Os países com a inflação mais baixa deverão ser a Finlândia (5,6%), França (5,4%) e Malta (4,9%).
No caso da Finlândia e de França, isso deve-se a um mix energético mais diversificado, enquanto Malta, que depende do gás importado do exterior, tem um acordo de fornecimento de vários anos com o Azerbaijão, o que ajudou a manter os preços estáveis.
A zona euro e a União Europeia em geral estão longe de ser as únicas regiões que sofreram aumentos acentuados de preços, com inflação recorde também observada nos meses anteriores no Reino Unido e nos EUA.