A iminência de guerras comerciais, juntamente com o aumento da dívida global, está a levar os investidores ao metal precioso.
Os preços do ouro subiram mais de 12% no acumulado do ano e continuam a atingir máximos históricos.
A incerteza global é uma das razões que leva os investidores a preferirem o metal precioso, segundo explica Simon Popple, diretor-geral da Brookville Capital.
"Penso que vivemos num mundo em que tínhamos muito mais certezas do que talvez tenhamos atualmente", disse Popple à Euronews.
O diretor da Brookville Capital referiu-se, em particular, às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que poderão ter efeitos inflacionistas. Os investidores também estão a observar com nervosismo as medidas de retaliação dos parceiros comerciais afetados.
Em tempos de instabilidade, o ouro é um ativo de refúgio, na medida em que o seu valor é menos volátil - mesmo quando as moedas afundam.
Os preços do ouro podem flutuar a curto prazo, mas o metal tem um poder de compra historicamente forte.
"Não creio que exista uma proteção perfeita contra a inflação", explicou Popple, "mas defendo vivamente que as pessoas devem investir e ter alguma exposição, seja ela grande ou pequena", afirmou.