Os analistas preveem que o aumento poderá ser de curta duração, uma vez que a fraca procura ameaça um excesso de oferta.
Os preços do petróleo subiram na manhã de segunda-feira na Europa, depois de o grupo OPEP+ ter concordado apenas com um modesto aumento da produção mensal, dissipando os receios de uma subida mais drástica.
Após uma reunião no domingo, a aliança disse que iria aumentar a produção de petróleo em 137.000 barris por dia em novembro, o mesmo total que anunciou para outubro.
O petróleo bruto WTI subiu 1,31% para $61,68 por barril, por volta das 8:15 CEST, enquanto o Brent saltou 1,22% para $65,32 por barril.
Os preços estão, no entanto, ainda em baixa na semana, após notícias de potenciais aumentos da produção da OPEP+.
Nos últimos cinco dias, o WTI caiu 2,79%, enquanto o Brent caiu 3,90%. Os preços do petróleo foram negociados perto de um mínimo de quatro meses na sexta-feira.
Os movimentos surgem após um aumento dos preços do petróleo no início deste ano, quando os barris estavam a ser negociados a mais de 80 dólares, devido às tensões entre o Irão, Israel e os EUA. O conflito suscitou preocupações de que o Irão pudesse bloquear o tráfego através do Estreito de Ormuz, uma das rotas de transporte de petróleo mais importantes do mundo.
A OPEP+ tem vindo a aumentar constantemente a produção este ano, depois de ter anunciado cortes em 2023 e 2024, que deveriam inicialmente ser eliminados até setembro de 2026.
Num comunicado divulgado no domingo, o grupo OPEP+ salientou que a decisão de aumentar a produção foi tomada "tendo em conta as perspetivas económicas globais estáveis e os atuais fundamentos saudáveis do mercado, tal como refletido nos baixos inventários de petróleo".
Mesmo assim, vários analistas - incluindo da Agência Internacional da Energia - continuam preocupados com o facto de a oferta poder vir a ultrapassar a procura, em parte devido à forte produção das Américas.
A OPEP+ é composta por 12 países membros e 10 não membros, sendo os principais intervenientes a Arábia Saudita e a Rússia.
A próxima reunião está agendada para 2 de novembro.