Desde a abertura no século XIX, o Grande Teatro Liceu, em Barcelona, sobreviveu a várias tragédias. Os ataques à bomba, os incêndios, a guerra civil
Desde a abertura no século XIX, o Grande Teatro Liceu, em Barcelona, sobreviveu a várias tragédias.
Os ataques à bomba, os incêndios, a guerra civil e a crise financeira não conseguiram, porém, destruir a vitalidade da instituição catalã.
Depois dos cortes dos últimos anos, o teatro tem agora uma nova diretora artística e um orçamento em alta.
“O Liceu vai continuar a ser uma das casas de ópera mais importantes da Europa. Temos, claro, os grandes gigantes como o Covent Garden, a Staatsoper de Berlim, a Bastille ou o La Scala. Mas continuamos a ter cantores interessados em atuar aqui, o que significa que estamos no bom caminho”, sublinhou a diretora artística, Christina Scheppelmann.
Este ano a programação inclui uma encenação contemporânea de “Siegfried”, uma das óperas do ciclo “O Anel do Nibelungo”, de Wagner.
“Do ponto de vista dos artistas, o nível é extremamente elevado e é comparável ao de qualquer outro teatro internacional. Para mim, está no topo da tabela. A orquestra é muito boa. O som das cordas é maravilhoso. Todas as experiências que vivi aqui até agora têm sido muito positivas”, contou o tenor Peter Bronder.
“Há uma grande excitação, um ambiente de renovação. Vamos fazer mais óperas de qualidade idêntica e continuar a apostar nos artistas jovens e nos artistas espanhóis”, afirmou a soprano Cristina Toledo.
Antes da crise, em 2007, a instituição angariava 57 milhões de euros, em 2013 passou a viver com 39 milhões de euros.
O orçamento da próxima temporada deverá rondar aos 41 milhões de euros para doze óperas e 114 espetáculos.