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Toni Servillo: o sucesso no cinema, o amor pelo teatro

Toni Servillo: o sucesso no cinema, o amor pelo teatro
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Toni Servillo tornou-se célebre ao incarnar grandes papéis no cinema, em filmes como “Il Divo” e “A grande beleza”, mas, o ator italiano nutre, desde

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Toni Servillo tornou-se célebre ao incarnar grandes papéis no cinema, em filmes como “Il Divo” e “A grande beleza”, mas, o ator italiano nutre, desde sempre, uma grande paixão pelo teatro.

Servillo esteve recentemente em Lyon para apresentar “A voz interior”, uma comédia do dramaturgo italiano
Eduardo De Filippo, escrita em 1948.

“O teatro como arte é um dos momentos felizes onde é possível exprimir o tu e o nós, com a mesma força e com a mesma eficácia. Seria terrível se não houvesse pessoas que se preocupassem em manter esse posto avançado da civilização”

Depois de Lyon a peça será apresentada em Budapeste e Varsóvia.

“Nesta comédia, provavelmente a mais amarga das obras do Eduardo De Filippo , ele descreve uma humanidade resignada face ao crime, ao ponto de o legitimar como comportamento normal. Ele conta a história de uma sociedade desorientada, em risco de cair num abismo de moralidade algo que, infelizmente, ainda descreve muito bem a nossa época” sublinha Servillo.

A carreira de Toni Servillo começou no teatro. O ator criou a primeira companhia aos 18 anos, aos 28 anos fundou o grupo Teatri Uniti. Após anos de trabalho nos palcos, a partir de 2000 começou a fazer cinema com mais frequência.

“Não há qualquer esquizofrenia. Aprecio as oportunidades que me foram dadas de atuar tanto no teatro como no cinema, ao mesmo tempo, com a mesma paixão e com os mesmos objetivos. Isso permite-me trabalhar para públicos diferentes e faz com que o teatro não seja algo ocasional ou uma ‘sala de espera’ enquanto não chega o sucesso no cinema”, considerou o ator de 56 anos.

Toni Servillo venceu o prémio de melhor ator europeu em 2008 graças aos papéis em “Il Divo” e “Gomorra”. Em 2014, outro dos filmes em que participou, “A grande beleza”, venceu o Óscar de melhor filme estrangeiro.

“Desde essa noite magnífica, só fiz teatro. Isso é um sinal claro de que esse tipo de prémios devem ser recebidos com muito entusiasmo mas o mais importante é voltar ao trabalho no dia a seguir sem ficar inutilmente embriagado pelo sucesso”, confessou o ator italiano.

Quando “A grande beleza” recebeu o Óscar, o ator italiano encontrava-se em digressão com a peça de Eduardo De Filippo. Para Toni Servillo, o dramaturgo
italiano é uma fonte inesgotável de inspiração.

“Ele dedicou toda a sua vida ao exercício da sua profissão com retidão, coerência e devoção de acordo com a uma visão moral da vida. Se muitas das pessoas que estão em postos de responsabilidade tivessem a mesma determinação e o mesmo amor que o Eduardo tinha pelo seu trabalho, as coisas poderiam funcionar muito melhor”, concluiu o ator.

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