“O papiro de César”, o novo álbum de banda desenhada da série Astérix e Obélix, foi apresentado em Paris.
A história tem novas personagens, algumas inspiradas na atualidade, como Julian Assange, o fundador de Wikileaks, os ex-presidentes franceses François Mitterrand e Nicolas Sarkozy, e o publicitário francês Jacques Séguéla.
Séguéla chefia a agência de markeing responsável pela campanha presidencial de François Mitterrand em 1981. O guionista Jean-Yves Ferri e o desenhador Didier Conrad dizem ter-se inspirado na figura do publicitário para criar o adversário dos gauleses e conselheiro de Júlio César.
O tema central da história é o controlo de informação, explica Didier Conrad:
“O tema central é a informação, o controlo de informação. É um tema portador de dramatismo e podemos adivinhar todo o leque de conflitos que pode engendrar. É evidente que não bastava isto, e por esta razão o ponto de partida é o combate dos gauleses.”
Jean-Yves Ferri e Didier Conrad fizeram a sua estreia no mundo de Astérix com o álbum “Astérix entre os Pictos”, saído em 2013, o primeiro a não ser escrito pelos pais de Astérix e Obelix, René Goscinny (falecido em 1977) e Albert Uderzo (que deixou de desenhar em 2011).
Segundo o argumentista, foi uma satisfação saber que Uderzo apreciou a nova história:
“ Uderzo é alguém muito reservado. Foi para nós uma grande satisfação saber que ficou muito contente com a ideia deste álbum, pois é o nosso leitor mais importante. Se Albert está contente, é um bom começo.”
Vão ser publicadas quatro milhões de cópias de “O papiro de César”, metade em francês e metade noutras línguas.
O lançamento internacional está previsto para 22 de outubro.
Cerca de 360 milhões de livros da série Astérix foram já publicados em todo o mundo, traduzidos em 111 línguas, segundo o site oficial da série.