Já pode visitar o apartamento onde Jimi Hendrix compunha e bebia Mateus Rosé, em Londres

O apartamento, em Londres, onde Jimi Hendrix viveu no auge da carreira, já está aberto ao público.
A habitação, localizada no número 23 de Brook Street, foi restaurada e redecorada para transportar os visitantes para o final da década de 60 do século XX. O espaço faz parte do Handel & Hendrix, um museu dedicado aos dois músicos, que foram vizinhos, mas separados por dois séculos.
O professor Christian Lloyd, que prepara um livro sobre Hendrix, refere que “uma das grandes vantagens de viver nesta zona é que quase não havia vizinhos. Na altura não era uma zona residencial e era possível tocar música tão alto quanto se quisesse. Foi o que aconteceu. Penso que era um bom sítio para relaxar depois de uma passagem pelo ‘The Speakeasy’, um clube de música a cinco ou dez minutos de distância a pé. O Jimi tinha 25 anos quando esteve aqui e divertiu-se bastante”.
Hendrix e a namorada, Kathy Etchingham, arrendaram o apartamento em 1968. O restauro prestou uma atenção particular ao quarto onde o criador de “Purple Haze” e “Hey Joe” passava a maior parte do tempo. Não falta sequer uma garrafa de Mateus Rosé, um dos vinhos preferidos do guitarrista.
O professor Lloyd refere que a “viola estava sempre encostada à cama. Sempre à mão de semear. Na verdade, muitos dos temas mais conhecidos foram compostos numa viola acústica e não numa guitarra elétrica. Hendrix passava muito tempo a treinar, tocava muito. As pessoas consideram-no um génio, mas foi também alguém que trabalhou sempre muito”.
Nascido em Seattle, Hendrix instalou-se na capital britânica, em 1966, depois de ter sido descoberto pelo produtor Chas Chandler num bar, em Nova Iorque. Formou a Jimi Hendrix Experience, lançou “Are You Experienced?” e andou em tournée até ter sido descoberto morto, com uma ‘overdose’, num hotel de Londres, no dia 18 de setembro de 1970. Tinha 27 anos.