Depois de ter estado em Berlim para apresentar o filme “Hail Cesar”, George Clooney regressou à capital alemã para participar num encontro com
Depois de ter estado em Berlim para apresentar o filme “Hail Cesar”, George Clooney regressou à capital alemã para participar num encontro com refugiados sírios. O ator fez-se acompanhar pela mulher, advogada de direitos humanos. A família de Amal Clooney é originária do Líbano e deixou país devido à guerra civil nos anos 80 e instalou-se em Inglaterra. George Clooney lembrou que a América é uma terra de refugiados.
“Sou descendente de irlandeses. Na América, há cem anos éramos refugiados. Os irlandeses eram mal tratados e não eram aceites. A América aprendeu a aceitar todas estas ideias. O nosso país é um país de imigrantes mas tem tido tendência a esquecer esse facto. É importante estar aqui e lembrar aos americanos quem somos. Nós somos : vocês.
Durante o encontro, vários refugiados descreveram os horrores porque passaram. Uma sobrevivente síria contou: “O bombardeamento foi indescritível, dos dois lados. Eu sentei-me num canto à espera de morrer. Os meus dois filhos tremiam. Eu abracei-os e disse-lhes que não queria que morressem com medo. A morte é apenas a morte. Disse-lhes apenas que queria morrer baleada e não decapitada”.
Para o ator norte-americano, os Estados Unidos falharam face à tragédia síria.
“Gostamos de nos descrever como o mundo civilizado que ao olhar para as tragédias diz: ‘se tivéssemos sabido, teríamos feito algo’. Mas a realidade é que sabíamos. Essas pessoas não abandonaram o país sem razão. Elas deixaram o país devido a uma tragédia terrível. Pessoas que tinham uma vida normal e que de repente perderam tudo. É fácil falar e esquecer os números colossais desta guerra mas ninguém esquece uma criança sentada no chão, a chorar ao ouvir a mãe dizer que preferia morrer baleada por ser mais rápido”, afirmou Clooney.