O museu arqueológico da Grécia organiza uma exposição sobre Ai Weiwei.
O museu arqueológico da Grécia organiza uma exposição sobre Ai Weiwei. A mostra retrata as várias facetas do artista e ativista político chinês. A crise dos refugiados e as consequências da globalização na vida das pessoas são alguns dos temas retratados na obra de Ai Weiwei.
“Queremos promover o diálogo entre a arte contemporânea e a arqueologia. O nosso projeto começou há dez anos. O objetivo é trazer os jovens para o museu. Há seis meses pedimos ao Ai Weiwei para participar no projeto. Ele é muito sensível à questão dos refugiados e fez trabalhos específicos para o museu”, explicou, Sandra Marinopoulos, presidente do museu grego.
O artista chinês vive atualmente em Berlim e esteve presente na inauguração em Atenas.
“Estou muito interessado em aprofundar as primeiras atividades humanas e as primeiras formas de criatividade e coleciono objetos chineses antigos. Quando visitei o museu arqueológico da Grécia, deparei-me com um compreensão bastante hábil e impressionante da escultura”, disse Ai Weiwei.
Ai Weiwei visitou um campo de refugiados na Grécia em 2015 e deverá apresentar um documentário sobre o tema em 2017.
“Historicamente, os Europeus são responsáveis por muitas crises de refugiados. A Europa tem uma visão de curto prazo e sacrifica valores essenciais que são o fundamento da sociedade europeia: os direitos humanos e o apoio humanitário. É uma situação muito triste e vergonhosa”, afirmou o artista chinês.
Ai Weiwei é alvo de grande atenção mediática. Há quem o critique por usar a arte como forma de autopromoção. O artista responde às críticas.
“Atualmente, interesso-me pela situação dos refugiados e dou a minha opinião. Não é uma questão de chamar ou não a atenção. É o meu dever enquanto artista ou enquanto soldado ou como alguém que faz o jantar para os convidados. Este é o meu cozinhado. As pessoas não são obrigadas a comê-lo”, afirmou Ai Weiwei.
A exposição pode ser visitada em Atenas até 30 de outubro.