A encenadora Louise Moaty e o maestro Jordi Savall partilharam connosco o que os inspirou para criar a Alcione na Ópera Cómica de Paris.
PUBLICIDADE
A encenadora Louise Moaty e o maestro Jordi Savall partilharam connosco o que os inspirou para criar a Alcione na Ópera Cómica de Paris.
Segundo Moaty, “‘Alcione’ é uma obra que tem o fantástico como base. Pensei logo em convidar pessoas do circo para materializar esta visão tão própria das obras barrocas. Há também a ideia de trabalhar a linguagem do circo a partir da cenografia, de trabalhar com a maquinaria circense e tentar entrelaçar o mais possível as coisas. Escolhi uma perspetiva abertamente contemporânea que se destina a partilhar tudo aquilo que me interessa no universo barroco. Temos a diversidade, a irregularidade, a abundância próprias do barroco, mas a partir de um ponto de vista contemporâneo”.
Le retour d’« Alcione » à l’Opéra-Comique https://t.co/ibvvms6mIa pic.twitter.com/xYB0qXzDKH
— la-croix.com (@LaCroix) 28 de abril de 2017
Já Savall explica-nos que “o método foi, primeiro, fazer recitar os textos que íamos cantar para compreender a amplitude das inflexões. Isso permite-nos, quando depois se junta o som, ter já uma articulação muito mais incisiva. O músico da orquestra também tem de sublinhar esse aspeto. Utilizamos estes elementos para criar uma linguagem de grande expressividade e modernidade. Não sei se, naquela altura, eles teriam compreendido a encenação que fizemos. Mas as emoções que se transmitem através do canto, através de uma instrumentação bem feita e dinâmica, são algo que fica e que fará sempre parte do encantamento da música”.