O lendário maestro Riccardo Muti explicou à euronews a origem da iniciativa "Caminhos da Amizade".
O lendário maestro Riccardo Muti explicou à euronews a origem da iniciativa “Caminhos da Amizade” e as dificuldades que enfrentou para trazer a Orquestra Sinfónica de Teerão a bordo.
Segundo o maestro, “a ideia do ‘Caminhos da Amizade’ foi lançada há 20 anos, em Sarajevo. Estávamos todos muito comovidos por toda a tragédia que tinha acontecido. Por isso, decidimos trazer um sinal de irmandade, de paz, de amor, de amizade. E a música é o melhor veículo para o fazer. Vieram 9 mil pessoas ao concerto, numa cidade destruída pelas bombas. A mensagem era: quando comunicamos sentimentos verdadeiros – e a música é a expressão de sentimentos – todos os mal-entendidos desaparecem. As palavras podem gerar mal-entendidos. A música não. A partir daí, fazemos um concerto pela amizade todos os anos”.
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Ph. Silvia Lelli pic.twitter.com/FKd2JZiSeB— RMMusic (@_RMMusic_) 11 juillet 2017
“Eu sou o diretor musical da Orquestra Sinfónica de Chicago. Como toda a gente sabe, a relação entre os Estados Unidos e o Irão não é a mais harmoniosa. E, recentemente, estive em Israel, que também não tem propriamente boas relações com o Irão. Mas nada disto é importante. Fui a Israel com amor e admiração pelo povo israelita. E fui a Teerão com amor e admiração pelo povo iraniano. Há décadas e décadas que os músicos iranianos não tocavam Verdi. Ou seja, um compositor que é universal era quase desconhecido no país. Mas os músicos iranianos perceberam imediatamente a mensagem, o estilo de Verdi. Os dois grupos tornaram-se instantaneamente num só”, revela Muti.