Parlamento Europeu atribui a 14 e novembro o Prémio Lux, que distingue anualmente filmes que promovem o debate sobre a integração e outras problemáticas europeias
Três filmes que convidam ao debate competem este ano pelo Prémio Lux, atribuído pelo Parlamento Europeu a obras que se destacam por promoverem, nomeadamente, a temática da integração.
O primeiro chega da Sérvia: "The Other Side of Everything", de Mila Turajlic, conta a história de um país que tenta sarar feridas, através de um apartamento dividido, onde famílias se ignoram há sete décadas.
Mila Turajlic: "O que está por trás desta porta é a história de um país que sempre esteve definido pelas suas divisões. Por isso, um dos objetivos do filme é tentar abrir essa porta e dizer que a única forma de conseguirmos escrever a sua história é se a escrevermos num espaço amplo o suficiente para abarcar todos esses pontos de vista."
Da Islândia, Benedikt Erlingsson traz-nos, em "Woman at War", a luta de uma mulher em prol do meio ambiente, uma versão contemporânea de Robin dos Bosques face a uma multinacional do alumínio.
Benedikt Erlingsson: "Ela quer atingir os maus da fita, impôr-lhes custos e prejuízos. Eles são os sabotadores e ela quer sabotá-los. Essa é a premissa, mas há outra questão: quando se pode atuar e quebrar as regras?"
Em "Styx", o austríaco Wolfgang Fischer relata os esforços de uma mulher para fazer face a uma situação que a ultrapassa: sozinha num veleiro, encontra uma embarcação cheia de migrantes e os pedidos de ajuda que lança não obtêm resposta.
Wolfgang Fischer: "Estamos sempre na sua perspetiva e por isso levantamos as questões: e nós? Como reagiriamos? Que escolhas faríamos? A ideia principal foi levantar essa questão: o que teriamos feito nós nessa situação?"
O vencedor do Prémio Lux será anunciado a 14 de novembro.