Começou como uma história sobre jovens surfistas que vivem na Faixa de Gaza. Tornou-se num documentário surpreendente que está a comover o Festival de Sundance, também pela história fora do ecrã.
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Talvez a Faixa de Gaza nunca tenha sido olhada desta forma. Num documentário que acabou de surpreender o Festival de Sundance, não foi só a história no ecrã que deixou marcas.
Um produtor e um dos protagonistas de "Gaza", chamado Ali Abu Yaseen, tentaram sair do território para participar no festival. Como não se tratava de uma urgência humanitária, o Hamas barrou-lhes a passagem.
Yaseen afirma que "mesmo fazendo parte da Associação de Artistas Palestinianos, não é possível deslocar-se. Há outros fatores a ter em conta para decidir o destino dos que aqui vivem. Ninguém sabe como funciona o sistema. Deviam suplicar para a Palestina poder ser representada lá fora, para a voz de Gaza ser ouvida. Este filme vale mais do que um milhão de balas. O mundo acredita na arte e na criatividade".
Um dos realizadores, Andrew McConnell (o outro é Garry Keane), considera que teria tido muito impacto se pudessem ter vindo ao festival nos Estados Unidos. "Quem melhor pode contar o que se passa em Gaza do que as pessoas que lá vivem?", pergunta.